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Programa das Comunicações Orais
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Local: Salas do Departamento de Letras
Data: 01/12/2010
Horário: 14h - 17:20h
Nota Importante: Cada exposição terá um total total de 20 minutos, sendo 15 para a apresentação oral e 5 para as discuções. Em cada sala terá um computador (PC ou Notebook) e um datashow. Sugerimos que a apresentação seja gravada em pen-drives e em versões mais antigas do Windows para evitar problemas de incompatibilidade de programas. Solicitamos também que os apresentadores cheguem com antecedencia de 15 minutos no local da apresentação. Para facilitar a busca por seu nome, utilize a função Localizar (ver em Editar)
Download da programação das apresentações em PDF
SALA 1 |
ORD. |
NOMES DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE |
RESUMO |
HORÁRIO |
01 |
LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL NA CONSTITUIÇÃO DA NOTÍCIA. Aline Salles Panhan (UNEMAT) |
Ao tomar conhecimento do projeto Vozes da Cidade, coordenado pela
Profa. Dra. Olímpia Maluf Souza, do qual faz parte a Profa. Dra.
Ana Di Renzo, propomo-nos refletir, como bolsista, sobre a relação
entre escrita e cidade, a partir dos instrumentais jornalísticos
e revistas que circulam nesses espaços. Visamos compreender como
os determinantes discursivos historicamente produzidos sustentam os sentidos constituídos pela relação
entre sujeitos e as instituições, no caso, a mídia impressa, no
espaço urbano. As diferentes discursividades existentes na cidade
e se constituem através da relação entre cidade, sujeitos e as
instituições. A mídia é uma dessas instituições que
significam o sujeito e o espaço urbano. Por essa razão, queremos
compreender como a linguagem não-verbal, empregada nos jornais
impressos e revistas significam a cidade e produzem efeitos sobre
a forma como o sujeito urbano a significa. Este projeto tem como
fundamentação teórica a Análise do Discurso
materialista de linha francesa, desenvolvida por Michel Pêcheux
na França, e Eni Orlandi, no Brasil. Nessa linha teórica, o
corpus não se constitui a priori, mas no próprio
fazer e na medida em que os fatos reclamam sentidos. Por isso,
utilizaremos diversos exemplares de jornais, tanto os que circulam
na cidade de Cáceres quanto em outras cidades da região.
Esperamos alcançar nossos objetivos que são: observar e
compreender os efeitos de sentido na materialidade existente. |
14h - 14h20 |
02 |
UM ESTUDO ENUNCIATIVO DA ILEGALIDADE DO USO DE CORES PARTIDÁRIAS EM PRÉDIOS E VEÍCULOS PÚBLICOS. Mara Lucia Martins Rodrigues (UNEMAT - PG) |
As cores usadas em prédios e veículos públicos também significam,
produzem efeitos de sentido pela presença do interdiscurso no
acontecimento do dizer. Mas e quando essas cores representam as
cores do partido do executivo municipal? Com relação a essa
questão, acrescentamos outros questionamentos: 1) Existem leis
que normatizam o uso das cores em prédios e veículos públicos?
Se existem, de que forma elas são regulamentadas? Estas leis são
cumpridas? De que forma o sujeito na posição morador da cidade
reage quanto às cores que são utilizadas nos prédios e veículos
públicos da cidade em que mora? Estes e outros questionamentos
permeiam o nosso projeto que tem por objetivo analisar o
funcionamento enunciativo do uso ilegal das cores partidárias em
órgãos e veículos públicos no município de Glória D'Oeste,
bem como os slogans utilizados pelos prefeitos da atual e anterior
gestão, enquanto representantes do povo na posição-prefeito.
Tomamos a palavra "ilegalidade", considerando que no município
de Glória D'Oeste, a Lei nº 358, de 25 de abril de 2006,
normatiza as cores que devem ser usadas nos prédios e veículos
públicos. No entanto, o que percebemos funcionando nos espaços
públicos são as cores partidárias dos prefeitos, que na posição
de prefeito municipal são interpelados pela ideologia
"partidária", ao se utilizar das cores dos partidos
para estender o domínio político através da pintura de imóveis
e veículos. Esta pesquisa se filia na teoria da Semântica
Histórica da Enunciação, desenvolvida por Eduardo Guimarães,
no Brasil, a partir dos anos 80. |
14h20 - 14h40 |
03 |
CRENÇAS DOS ACADÊMICOS DE LETRAS EM RELAÇÂO À ORALIDADE DA LÌNGUA INGLESA. Bruna Duarte Nusa |
Este trabalho diz respeito ao resultado de uma pesquisa no departamento de
Letras do campus de Cáceres com os acadêmicos do curso no ano de
2009, com o enfoque na oralidade e investigação de algumas
crenças, para que isso se concretizasse foram utilizados textos
da área da Lingüística Aplicada, de autores dessa área tais
como Barcelos (2002) e Abrahão(2004) dentre outros.O intuito
deste estudo foi ater-se às crenças, expectativas, anseios e
dificuldades dos alunos do departamento de Letras no que concerne
a aprendizagem da oralidade na língua inglesa. Nesse contexto, os
acadêmicos de Letras, como futuros professores de Língua
Inglesa, seja por aptidão ou não, ao escolherem essa profissão
estão incumbidos de pressupostos, dúvidas e anseios sobre a
língua estrangeira. É de suma importância que a pesquisa seja
realizada para descobrir aspectos novos em relação à
problemática das aulas de Inglês nas Escolas Públicas começando
pelo surgimento desde a formação de professores de Inglês que é
na faculdade, e soma-se a isso o conhecimento do curso de Letras
da UNEMAT do campus de Cáceres. Para desenvolver este trabalho
foi aplicado um questionário para os acadêmicos do primeiro ao
sétimo semestre (grade que re-incluiu o Inglês na matriz) a fim
de analisar quantitativa e qualitativamente os dados apresentados
nos questionários.Para que fosse feito uma análise com base nos
itens mencionados fundamentou-se em teoria de estudiosos na área
da Linguística Aplicada mais precisamente em estudos sobre
crenças, cujos autores se destacam Silva (2007) e Barcelos
(2002). Este trabalho se divide em três partes que são: o corpo
teórico, a metodologia aplicada e a análise dos dados.
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14h40 - 15h |
04 |
CRENÇAS DE ALUNOS SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL NA PERSPECTIVA DA GRAMÁTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL Graciene Verdécio de Gusmão (UNEMAT) |
Esta comunicação de pesquisa, tem como objetivo apresentar uma
análise das crenças presentes no discurso dos alunos da 3ª fase
do 1º ciclo (5ª série), do ensino fundamental, no processo de
aquisição de uma Língua Estrangeira. E também analisar suas
opiniões e atitudes à luz da teoria da Gramática
Sistêmico-Funcional, mais especificamente no sistema de
avaliatividade (appraisal). Terá como arcabouço teórico autores
que abordam sobre crenças como: Pajares (1992), Abelson (1979),
Brown & Cooney (1982), Sigel (1985 apud Pajares, 1992), Dewey
(1933), Rokeach (1968 apud Pajares, 1992), Woods (1993); na
linguística sistêmico-funcional a partir de estudos de Halliday
(1994), Thompson (1996), Eggins (1994); e sobre o sistema de
avaliatividade contemplando Martin e Rose (2003), Martin e White
(2005). Os dados serão coletados através de um questionário que
será aplicado para os alunos da 3ª fase do 1º ciclo (5ª
série), do ensino fundamental. Acredito que minha pesquisa
contribuirá para uma reflexão sobre a prática de ensino de
Língua Inglesa no ensino fundamental, pois, pretendo levar ao
conhecimento dos professores de Língua Inglesa, as crenças e as
expressões de atitude dos alunos, nessa sua nova fase de
aprendizagem, na perspectiva da Gramática Sistêmico-Funcional.
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15h - 15h20 |
05 |
COMUNIDADE DE RELACIONAMENTOS ONLINE: ENTRETENIMENTO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO. João Vanes da Silva Tobias (UNEMAT/CAPES) |
Esta comunicação busca propor reflexões acerca do preconceito
linguístico propagado por uma comunidade de relacionamentos
online, intitulada "Não mate a Língua Portuguesa!".
Essa comunidade milita na intolerância contra o que ela chama de
"erros de português", quanto à escrita a à fala
das pessoas. Para tanto, serão utilizados os pressupostos
teóricos de Bagno (1999, 2001, 2003, 2004), Mussalim (2001) e
Tarallo (1985). Para a constituição do corpus de análise, foram
coletados os dados da página da comunidade acima citada. Os
resultados obtidos indicam que há, por parte dessa comunidade,
uma concepção de língua "homogênea" e, sobretudo, a
prática do preconceito linguístico e social.
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15h20 - 15h40 |
I N T E R V A L O - COFFEE-BREAK |
15:40 - 16:00 |
06 |
LÍNGUA-DE-SANTO: APROPRIAÇÃO E USO DE VOCÁBULOS DO CANDOMBLÉ POR SEUS ADEPTOS, CLIENTES E FREQUENTADORES NA CIDADE DE CÁCERES. Cleiber Silva Alves |
Este trabalho tem por objetivo apontar e analisar de que forma a
língua-de-santo, de origem africana, foi e está inserida na
sociedade cacerense. Esta língua tem suas origens na África e
foi trazida para o Brasil, através do Candomblé, no período da
colonização (Carneiro, 1981, p. 21). Tomaremos como corpus de
análise transcrições fonéticas de gravações feitas em
entrevistas com adeptos, clientes e freqüentadores da roça de
Candomblé: Casa de Candomblé e Caboclo - Asé Osun -
Ilê Ibá Obá Omitaonisé. Este estudo se inscreve na
teoria da Sociolinguística em interlocução com a
etnolinguística, pois se baseia em fenômenos sociais da língua
e sua contribuição de maior ou menor grau na sociedade em que
esta inserida, bem como a sua origem, seu modo de evasão do
habitat comum e sua utilidade no meio social em que foi e esta
sendo absorvida.
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16h - 16h20 |
07 |
INCLUSÃO DIGITAL E POLÍTICAS PÚBLICAS: A TRAMA DOS SENTIDOS NAS REDES DE MEMÓRIAS. Maristela Cury Sarian (UNEMAT/CAPES) |
O presente trabalho busca compreender que sentidos são construídos ao tomar
a questão da inclusão/exclusão digital pelo viés materialista
da Análise do Discurso, a partir das propostas do Projeto Piloto
UCA, com o intuito de compreender que
sentidos são construídos no discurso da alfabetização digital,
formulados nas políticas públicas do Estado, como parte
constituinte do processo da chamada inclusão digital. Ao
mobilizar os trabalhos de Orlandi (2003, 2004, 2007, 2008), Dias
(2008), Castellanos Pfeiffer (2001, 2009) e Lagazzi (2009), a
argumentação colocará em evidência as condições de produção
que sustentam os efeitos de sentidos relativos à inclusão
digital no cerne da demanda capitalista, as diferentes formas de
memória (discursiva, institucional e metálica) (ORLANDI, 2007;
ZOPPI-FONTANA, 2005) que funcionam no processo de produção de
sentidos, bem como o papel das políticas públicas.
Apresentaremos, ainda, como os discursos do senso comum, ao
apontarem para a alfabetização digital como uma forma de
inclusão social, privilegiam o caráter utilitário da máquina e
da internet e tomam o computador como um fetiche, concebidos
como bens desejáveis e necessários para a melhoria da qualidade
do ensino-aprendizagem, silenciando a materialidade histórica dos
sentidos e dos sujeitos.
Por meio da análise, foi-nos possível compreender que a
condição de excluído digital não é estabelecida, a priori,
por uma sociedade desigual que não oportuniza as mesmas condições
de vida para seus cidadãos, mas é, antes, um efeito de sentido
do próprio discurso da inclusão digital, produzido em uma
sociedade que não suporta o diferente e que, por isso, tem a
necessidade de normatizar, regular, estabilizar e homogeneizar os
sujeitos por meio de políticas públicas de inclusão digital.
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16h20 - 16h40 |
08 |
OS EFEITOS DE SENTIDOS NO DISCURSO DO AGENTE DE SAÚDE AMBIENTAL. Sueli Martins Cardozo |
Esta comunicação é um pequeno esboço do projeto de pesquisa de
conclusão de curso que em por objetivo investigar e analisar Os
Efeitos de sentidos no discurso do Agente de Saúde Ambiental.
Pretendendo com isso refletir sobre a linguagem e seu
funcionamento, isto é, a língua em movimento produzindo sentidos
para e por sujeitos. Para tanto, busco analisar os discursos
destes agentes no período da ditadura e nos dias de hoje, ainda
procurar saber como estes discursos estão arquivados na memória
da sociedade. Este projeto ancora - se nos pressupostos teóricos
da Análise de Discurso de linha francesa que tem como precursor
Michel Pêcheux e foi continuada no Brasil por Eni Puccinelli
Orlandi (1942), entre outros. Também me respaldarei nas obras
Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de
Dengue e Ações de Controle de Endemia Malária: Manual para
Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Controle de Endemias,
ambos do Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde.
A metodologia da pesquisa consiste-se na distribuição de
questionários para os servidores da FUNASA, Antiga SUCAM,
servidores Municipais, Agente de Saúde Ambiental e para os
munícipes que recebem estes servidores em seus domicílios. A
pesquisa, portanto, pretende discutir os efeitos de sentidos nos
discursos desses entrevistados e busca com isso contribuir com a
sociedade acadêmica em especial os interessados nos estudos na
área da linguística: Analise de Discurso Materialista.
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16h40 - 17:00 |
09 |
QUE PENA! Cristiane Helena R. de Souza (UNEMAT), Paula Sheila R. da Silva (UNEMAT) |
Esta pesquisa tem por objetivo analisar o verbete "pena" em
dicionários da língua. Para isso, tomamos como ponto de partido
a estrutura do sistema lexical, na qual as palavras são definidas
em uma relação mútua, ou seja, uma com as outras. Na própria
estruturação do sistema lexical, as palavras estabelecem
diversas relações de sentidos entre si. Assim, a investigação
se pautará em dicionários para analisar os sentidos do referido
verbete e mostrar que uma palavra pode ter vários significados,
dependendo da sua relação com o usuário da língua.
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17h - 17h20 |
SALA 2 |
ORD. |
NOMES DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE |
RESUMO |
HORÁRIO |
01 |
AS MARCAS DE TEXTOS BÍBLICOS NA LITERATURA OCIDENTAL. Eli Gomes (UNEMAT) |
As marcas dos textos bíblicos na literatura ocidental, é notória e
ao observá-las, podemos perceber as causas, e as diversas
maneiras como isso ocorreu, especialmente no século XIV, quando
ocorre a revolução cultural, (CASCUDO 2004). Ao tomar,
eletivamente, algumas obras literárias produzidas em países
ocidentais, em uma escala histórica e com uma configuração
extremamente religiosa, fatos imperativos nessas marcas, como por
exemplo, os primeiros textos produzidos, quem os produziu, as
finalidades da produção e, sobretudo as condições de produção
desses textos. A principal observação, que acentua as marcas dos
textos bíblicos nessa obra, é exatamente os fundamentos
históricos da literatura, que acontece no interior da igreja,
pelos clérigos que escreviam ou reescreviam. Dada esta situação,
a literatura ocidental, mesmo nos textos não religiosos, os de
estado, são construídos com acentuada ideologia dos textos
bíblicos. (SARAIVA & LOPES, Sd). Com a revolução cultural,
as produções se ampliaram, e novamente, o primeiro texto
produzido para as classes inferiores, é o Evangelho. Para chegar
a vários países - incluindo o Brasil - destaca-se, Portugal
e acentua-se na cultura portuguesa a ambição de ser conhecido
universalmente, por povo eleito, povo de Cristo. Segundo Eduardo
Lourenço (1999), o que Portugal quer, é ser reconhecido como
nação com funções messiânicas. E em concorrência política,
ainda Inglaterra e Espanha, que empreenderam cruzadas e
colonizaram vários territórios, implantando aí sua cultura e
para tanto trazendo os estereótipos culturais, esse mesmo que
herdaram pela imposição de produção literária, formando assim
uma "identidade" marcada pelas produções idearias e
enraizadas nos textos bíblicos.
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14h - 14h20 |
02 |
A constituição do morador através da memória arquitetônica: os casarios do centro histórico de Cáceres-MT. Cássia Gonçalves Ramos (UNEMAT) |
A cidade de Cáceres-MT, que cresceu às margens do cais, um
importante porto fluvial de escoamento do ciclo da poaia e da
borracha em Mato Grosso, reproduz uma genuína arquitetura do
século XX, através dos casarios históricos do centro da cidade.
Tratam-se, pois de casas que obedeciam a um rigoroso alinhamento,
proporcionando, assim, uma aparência de ordenação urbana, que
imitava, de certa forma, as cidades européias. Localizados no
centro, os casarios da época traduzem as condições
sócio-econômicas, as influências e a distribuição dos
moradores no espaço urbano da cidade. Assim, o valor histórico e
arquitetônico do centro da cidade de Cáceres é constituído por
uma memória que guarda os sentidos que promoveram modos de
ocupação e de identificação do povo cacerense com a cidade.
Nesse estudo, direcionamo-nos a analisar as formas de
materialização dos discursos e os modos como os processos de
interpelação ideológica, postos em funcionamento pelas
posições-sujeito na cidade, relacionam os moradores com a
arquitetura que a instituiu, visto que as edificações na cidade
traduzem para os moradores relações de pertencimento. Para essa
pesquisa, que se sustenta na teoria da Análise de Discurso de
linha materialista, preconizada por Michel Pêcheux, na França, e
expandida e difundida por Eni Orlandi e seguidores, no Brasil,
tomamos como corpus de análise o levantamento histórico e
documental dos casarios do centro da cidade de Cáceres-MT e as
entrevistas com membros da sociedade institucionalizada e civil,
visando a dar visibilidade às relações de poder, aos modos de
subjetivação e aos processos de sujeição postos em
funcionamento pelas discursividades instaladas pelos casarios.
Nessa perspectiva, esse estudo, deve servir aos educadores, já
que visa verificar em que medida essas edificações traduzem os
modos de constituição e de pertencimento dos moradores com a
cidade, através do estudo da memória histórico-cultural, que
instituiu os casarios e os moradores cacerenses.
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14h20 - 14h40 |
03 |
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA PROVINHA BRASIL: ESPAÇO DE AUTOR(IA) OU DE REPRODUÇÃO? Sandra Regina Silva da Cunha |
Esse artigo tem por finalidade analisar as textualidades da Provinha
Brasil, instituída pelo MEC em 2008, para avaliar a qualidade da
alfabetização na Educação Básica no Brasil. Apesar de
reconhecer a importância de um acompanhamento sistemático do
desenvolvimento dos processos de alfabetização, a Provinha
Brasil tem suscitado em mim alguns questionamentos. Dentre eles destaco: 1) os
tipos de questões que os alunos precisam responder na Provinhas
Brasil são suficientes para
aferir a competência
de leitura e de escrita da criança? 2) as produções textuais requeridas pelo instrumento possibilitam às
crianças manisfestar a sua posição-autor? 3) quais
seriam os efeitos produzidos pelos resultados da prova na
resignificação das práticas do professor alfabetizador?
São questionamentos que surgiram do confronto das tipologias de
questões e nos manuais de orientações - corpora dessa
pesquisa - e das minhas reflexões à luz da teoria da Análise
de Discurso. Nessa direção, tenho como principal objetivo nesse
trabalho dar visibilidade, por meio das análises, aos
funcionamentos discursivos que se colocam tanto na Provinha quanto
naquilo que a criança poderia produzir, enquanto autora ou
reprodutora de suas produções textuais. A análise mostra que o
processo de avaliação instaurado no contexto escolar tem
demonstrado uma visível contradição entre o material recebido
na Sala do Professor - abordagem discursiva da linguagem - e
as orientações para a aplicação das questões da "Provinha
Brasil" - abordagem mecanicista baseada em perguntas/respostas. É um modelo de avaliação oficial que
corrobora o fato de haver, por exemplo, uma grande quantidade de
professores que têm uma visão "estruturalista" da linguagem,
logo de alfabetização, pois, em suas práticas de ensino
priorizam regras e não abrem espaços para a criança produza
livremente - múltiplos sentidos. É um entendimento que, em
certa medida, apaga a vivência, o cotidiano e a capacidade de
autoria da criança.
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14h40 - 15h
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04
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DENOMINAÇÃO DE RUAS E AVENIDAS DE PONTES E LACERDA COM NOMES DE ESTADOS BRASILEIROS: MEMÓRIA E RESISTÊNCIA Divino Alex Rocha de Deus (Unemat/Capes) |
Este trabalho se filia à Semântica do Acontecimento, de Eduardo
Guimarães (2005), para analisar o processo de nomeação e
tentativas de renomeação de algumas ruas e avenidas do Centro
do município de Pontes e Lacerda. Na posição teórica inscrita,
a significação de um nome se dá enquanto relação linguística
tomada na história, portanto, a nomeação dos espaços públicos
pode ser considerada como historicamente constituída. A partir
disto, meu interesse é compreender semanticamente as relações
de significações que sustentaram um grande número de vias
públicas a serem designadas com nomes de estados brasileiros e
compreender também a relação de sentidos e as condições
enunciativas das leis municipais que fracassaram ao tentar
instituir novas denominações a tais ruas e avenidas.
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15h - 15h20 |
05 |
OS DISCURSOS SOBRE O LETRAMENTO DIGITAL DOS PROFESSORES E SEUS EFEITOS NA PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA. Cristiane Pereira dos Santos |
O presente trabalho visa analisar o grau de letramento digital dos
professores de língua portuguesa, a fim de compreender em que
medida os docentes utilizam o laboratório de informática, bem
como, outros recursos tecnológicos disponíveis nas escolas nas práticas de língua e linguagem e que efeitos produzem no desempenho de escrita dos alunos. Como base teórica para a realização da análise, ancoraremos-nos na
Análise de Discurso materialista de linha francesa, desenvolvida
por Michel Pêcheux na França, e por Eni Orlandi e seus
estudiosos no Brasil.
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15h20 - 15h40 |
I N T E R V A L O - COFFEE-BREAK |
15h40 - 16h |
06 |
LÍNGUA NACIONAL E SUJEITO TRANSNACIONAL. Fernando Jesus da Silva (UNEMAT/CAPES) |
Este trabalho tem como objetivo produzir uma reflexão sobre a região
da fronteira entre Cáceres (Brasil) e San Matias (Bolívia)
denominada Corixa. A região da Corixa é fruto de espaços de
colonização de diferentes grupos em momentos históricos
distintos, colocando povos em contato inter-étnico, produzindo
diferentes relações de poder e dominação. Tais relações
sociais produzem discursos que referendam e reconstroem as ações
dos diferentes grupos e os conflitos ali produzidos. Assim o
presente estudo toma como objeto de pesquisa o espaço de
enunciação que ali é produzido, a fim de observar e analisar
como os falantes desse espaço enunciam, e em quais línguas
enunciam. A partir da captação desses enunciados, podemos
perceber que a região conforme Guimarães (2005) configura-se
enquanto um espaço de disputas pela palavra e pelas línguas,
isto é, um espaço político. O movimento migratório produzido
por diferentes povos, em diferentes momentos históricos, oriundos
de diferentes culturas traduziu a Corixa como um o espaço de
encontros e desencontros, de divisão e unificação, da presença
da língua portuguesa, espanhola e indígena. Os conflitos gerados
por estas diferenças foram mediados pela delimitação de Estados
Nacionais (Brasil e Bolívia) e suas respectivas línguas
oficiais. A partir dessa perspectiva, tomamos as teorias da
Semântica do Acontecimento para compreender as relações entre
falantes nesse espaço de enunciação, bem como a Análise de
Discurso de linha francesa que toma esses falantes enquanto
sujeitos que dizem a partir de uma posição determinada, que
produz efeitos de sentidos intrinsecamente ligados à relação
que se tem com a(s) língua(s). A metodologia deste trabalho se
configura em entrevistas orais, observação do espaço da Corixa
com visitas a comunidade. A análise se baseia no estabelecimento
das relações entre as teorias e a compreensão dos modos de
dizer do fronteiriço.
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16h - 16h20 |
07 |
Reflexões da Influência da Globalização na Língua. Orilzo de Campos Silva (UNEMAT) |
Devido ao fenômeno da chamada "transnacionalização" há um efeito
gradativo verificado na própria identidade nacional e pode
refletir mesmo na formação individual dos falantes nativos de
uma língua, como a língua possui um dinamismo próprio, a
influência sofrida por esta em especial do estrangeirismo, que é
a introdução de expressões ou palavras estrangeiras que podem
alterar significativamente a forma como os falantes da língua
comunicam entre si. Pode ser verificada aos poucos essa mudança
nas formas de comunicação, onde a mais notável alteração diz
respeito ao uso de novas ferramentas tecnológicas que determinam
atualmente grande parte do tempo da maneira como as pessoas, em
especial nos grandes centros urbanos se comunicam e se expressam.
Os efeitos da influência da globalização caminham em direção
a propiciar o uso de uma língua única na forma de comunicação
global; esse efeito sob o ponto de vista de diversidade cultural
torna-se preocupante, pois durante esse processo de hegemonia
lingüística é desconsiderado um enorme contingente de
indivíduos excluídos de oportunidades de falar um segundo idioma
e que, portanto não se inserem na chamada era globalizada. Há
também uma crítica severa á globalização em virtude de seu
caráter imperialista que exerce poderio semelhante às antigas
potências políticas onde a língua acaba sendo um dos primeiros
elementos impostos aos povos dominados e anulando uma parte de sua
identidade nacional. A era da informação como é chamada
atualmente pressupõe a informação rápida e democratizada, é
preponderante pensar que as discussões referentes à língua
necessitam dessa mesma democratização e abertura, em especial
para perceber a importância das variações lingüísticas e da
riqueza cultural advinda dessas diferenças.
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16h20 - 16h40 |
08 |
LÍNGUA INGLESA E SOCIEDADE. Sebastiana Aparecida de Souza Nunes (UNEMAT), Wellington Oliveira de Souza (UNEMAT) |
Esta comunicação, parte do Projeto do Laboratório de Línguas UNEMAT, e tem como objetivo discutir acerca da necessidade e
importância do ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeira (LE),
neste caso, em especial a Língua Inglesa. Tendo em vista que a
Língua Inglesa (LI) tornou-se imprescindível na vida dos homens,
possibilitando, assim, a comunicação, ou melhor, a interação
entre diferentes nações, além de proporcionar aos profissionais
bilíngues melhores oportunidades de emprego. Pensando nessa
problemática, percebemos a necessidade de desenvolver este
estudo, o qual se encontra ancorado nos pressupostos teóricos da
Lingüística Aplicada; Almeida Filho (1993); Coracini (1995);
Cançado (1994). Assim sendo, este estudo, tem a intenção de
discutir a extrema importância e contribuição do
ensino/aprendizagem de LI não apenas aos acadêmicos, mas também
a todas as pessoas que se interessam por questões linguísticas.
O resultado deste estudo nos revela que há diversas vantagens de
se tornar um profissional bilíngue, e que por esse motivo,
torna-se indispensável o ensino/aprendizagem de LI na sociedade
contemporânea.
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16h40 - 17:00 |
09 |
VIAGEM E LITERATURA: UMA LEITURA SOBRE ALEXANDER SOLON DAVERON. Jairo José Rodrigues (UNEMAT) |
Procurando fazer uma leitura de parte da documentação sobre Alexander Solon
Daveron, existente no NUDHEO/UNEMAT, esta comunicação objetiva
apresentar o viajante americano como tema da pesquisa de graduação
em Letras, em fase de delimitação do objeto de estudo. Pretendo
investigar documentários produzidos pela personagem a fim de
encontrar nos mesmos, pistas e situações literárias que
caracterizem a literatura de viagem e assim poder compreender a
imagem de Mato Grosso que se constrói nos/pelos relatos
produzidos. Evidencias apontam que Daveron foi um viajante do
século XX, em busca de elementos para suas pesquisas e
intercâmbios com os EUA. Desse modo, o referencial teórico se
sustentará, inicialmente, em SUSSEKIND (1990), LEITE (1997) e
CANDIDO (2000). Procura-se entender os relatos de viajantes como
textos e, como tais, sujeitos a alguns condicionamentos de
produção e circulação. O autor de um relato de viagem narra
suas experiências, mesmo a experiência de ouvir coisas de outras
pessoas. E precede à narração o ato da percepção do real.
Este é um dado primordial que vem muito antes dos mecanismos
discursivos que tanto interessam aos historiadores quando analisam
os textos. O fato é que, antes de chegar ao texto, o autor passou
por uma experiência e a percebeu como tal. Atentar para os
mecanismos de percepção que o viajante utilizou para apreender
sua experiência não significa cair no subjetivismo ou no
individualismo metodológico, isto porque tais mecanismos são
inegavelmente sociais. São as representações coletivas,
esquemas de classificação, de visão e de divisão do mundo
social, as categorias de conhecimento por meio das quais o real é
transformado em concreto pensado.
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17h - 17h20 |
SALA 3 |
ORD. |
NOMES DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE |
RESUMO |
HORÁRIO |
01 |
LÍNGUA INGLESA E SOCIEDADE. Sebastiana Aparecida de Souza Nunes (UNEMAT), Wellington Oliveira de Souza (UNEMAT) |
Esta comunicação, parte do Projeto do Laboratório de Línguas UNEMAT, e tem como objetivo discutir acerca da necessidade e
importância do ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeira (LE),
neste caso, em especial a Língua Inglesa. Tendo em vista que a
Língua Inglesa (LI) tornou-se imprescindível na vida dos homens,
possibilitando, assim, a comunicação, ou melhor, a interação
entre diferentes nações, além de proporcionar aos profissionais
bilíngues melhores oportunidades de emprego. Pensando nessa
problemática, percebemos a necessidade de desenvolver este
estudo, o qual se encontra ancorado nos pressupostos teóricos da
Lingüística Aplicada; Almeida Filho (1993); Coracini (1995);
Cançado (1994). Assim sendo, este estudo, tem a intenção de
discutir a extrema importância e contribuição do
ensino/aprendizagem de LI não apenas aos acadêmicos, mas também
a todas as pessoas que se interessam por questões linguísticas.
O resultado deste estudo nos revela que há diversas vantagens de
se tornar um profissional bilíngue, e que por esse motivo,
torna-se indispensável o ensino/aprendizagem de LI na sociedade
contemporânea.
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14h - 14h20 |
02 |
NA FALA/ESCRITA E COMPORTAMENTO DE ADOLESCENTES E JOVENS. Bruno Vilas Boas Panaro Leite (UNEMAT) |
A internet está aumentando sua população. Os jovens de 12 a 15 anos representam a maioria dos usuários deste espaço. Por isso,
propomos estudar a linguagem diferenciada utilizada neste espaço
de comunicação. A proposta é analisar a linguagem dos jovens em
comunicadores instantâneos. As palavras desse meio possuem
aspectos curiosos: umas se contraem a ponto de ficarem apenas
consoantes (Beleza = "blz"), outras chegam ao nível da língua
falada (não = "naum"), outras trazem outro idioma também
abreviado (sim = "y" que é o "yes" do inglês). O fato é
que jovens exercitam a leitura e a escrita em um número
significativo de tempo usando estes termos nesse meio de
comunicação. Alguns profissionais acreditam não existir
problemas, afinal ajuda a incentivar a leitura e a escrita. Outros
acreditam que estes signos utilizados pelos jovens é uma afronta
a norma padrão. A pesquisa proposta busca analisar o quanto esse
novo "idioma" dos jovens pode influenciar na vida escolar, se
esta prejudicando ou se esta ajudando. A opinião de diferentes
classes como professores, alunos, pesquisadores é extremamente
importante para que ao final do trabalho possamos contribuir com
outras pesquisas e alavancar o conhecimento desta área ainda não
observada com afinco. Ao elaborar métodos de analises de acordo
com o material que iremos buscar, com conteúdo de pesquisas
através de relatórios para trazer conteúdo expressivo quanto ao
tema, tentaremos evidenciar o quanto vale merece nossa atenção e
o quanto pode ajudar ou prejudicar a vida dos alunos,
principalmente de 12 a 15 anos.
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14h20 - 14h40 |
03 |
ANÁLISE ENUNCIATIVA DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO. Leidiane Eduardo Cintra (UNEMAT/CAPES) |
Este trabalho surge de uma inquietação acerca dos dizeres de
indivíduos inquiridos em processos administrativos no Estado de
Mato Grosso, mais precisamente do modo como se posicionam
enunciativamente em seus discursos. Um dos principais aspectos que
nos movem a pesquisar tal objeto é a recorrência desse processo
nos espaços educacionais e a importância de se discutir aspectos
referentes à área educacional como, por exemplo, as formas como
são tratados atos infracionais e aqueles que os praticam
na perspectiva teórica da Semântica Histórica da Enunciação,
disciplina que trata a significação ao mesmo tempo histórica,
lingüística e relativa ao sujeito que enuncia. Temos por
objetivos com essa pesquisa analisar como as posições
enunciativas dos profissionais da área da educação em
inquéritos se constituem nos processos administrativos no Estado
de Mato Grosso, bem como investigar enunciativamente os
posicionamentos prescritos pelas Leis Complementares e os que
emergem nos processos selecionados. Para nos conduzir neste
trabalho, recorremos também às leis que regem os servidores
públicos do Estado de Mato Grosso (Lei Complementar nº 207, de
29 de dezembro de 2004 e Lei Complementar nº 04 de 15 de outubro
de 1990), as quais foram criadas para estabelecer as diretrizes
jurídicas específicas para essa área.
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14h40 - 15h |
04 |
políticas de língua escrita do Estado e os efeitos de memória Francieli Carolina Santos Durigon (UNEMAT/CAPES) |
Neste trabalho procuramos analisar discursivamente as políticas de
língua escrita do Estado de Mato Grosso que sustentam os
documentos que legitimam as práticas de ensino de língua na
Escola e produzem sentidos que constituem uma memória de escrita
que estão na base da constituição do sujeito que, ao se
apropriar de um saber sobre a língua escrita, inscreve-se numa
identidade de sujeito nacional. Nosso objetivo é de historicizar
a memória de escrita que sustenta os documentos oficiais que
estabelecem as políticas de ensino de língua. Nesse sentido,
entender como os documentos concebem a relação língua, sujeito
e escrita e a práxis linguística oferecida pela instituição
escolar, dando visibilidade aos efeitos produzidos sobre a
constituição da autoria. Tomamos as políticas de língua
escrita do Estado pelo conceito de memória para compreender como
os mecanismos de institucionalização e da legitimação das
práticas de ensino na Escola constituem sujeitos que se
significam na sua relação com a língua se identificando como
cidadão urbano e moderno. Nossa reflexão busca compreender os
efeitos produzidos pelo processo de legitimação da relação do
sujeito com a língua no movimento do simbólico com a história
em que sujeitos e sentidos se constituem mutuamente. Ou seja, pela
materialidade da língua, compreender a noção de sujeito
sócio-historicamente constituído. Para tanto, nos filiamos a
teoria da Análise de Discurso de linha francesa, desenvolvida na
França por Michel Pêcheux e, no Brasil, por Eni Orlandi por nos
permitir trabalhar com a materialidade da língua considerando a
noção de sujeito sócio-historicamente constituído. Por isso
dizer que sujeitos e sentidos são constituídos num mesmo lugar
de significação.
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15h - 15h20 |
05 |
OS SENTIDOS DE SINDICATO NOS ENUNCIADOS DO PRESIDENTE LULA Wolber Sebastião Pereira ((UNEMAT/CAPES) |
Neste texto, apresento meu projeto de dissertação do Curso de Mestrado
em Linguística da UNEMAT, no qual proponho pesquisar os
enunciados produzidos pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
principalmente aqueles que transbordam para a mídia nacional,
considerando as condições histórico-partidárias e ideológicas
de produção, tendo como fio condutor os sentidos da expressão
linguística sindicato, observando o funcionamento dessa
expressão nos enunciados a partir da posição sujeito,
representada pelo Presidente Lula, nos acontecimentos de
linguagem, do dizer. Inscrevo-me, para tanto, na perspectiva da
Semântica do Acontecimento, teoria desenvolvida por Eduardo
Guimarães, para realizar as análises dos enunciados. Filiar-me a
essa teoria é pensar que a expressão ou nome sindicato
designa algo, ou seja, significa esse nome como uma apreensão do
real, uma construção simbólica, linguística, exposta ao real,
e por isso tomada na história, sendo que essa historicidade dos
sentidos, na designação, determina e predica o nome. Pensando
que o Presidente Lula, na sua trajetória, ocupou diferentes
posições sujeito, e que a historicidade de seu dizer produz um
efeito de textualidade, e que não existe texto sem deriva de
sentidos, busco refletir, nessa dissertação, que sentidos são
postos a essa expressão ao designar "sindicato" e outras
expressões derivadas ou também significadas, que ressignificam
essa mesma designação e, também como a designação sindicato,
ao produzir sentidos, significa os enunciados de Lula e significam
o próprio Lula. Pensar a significação do Presidente Lula é
pensar também o Brasil das últimas cinco décadas, é
historicizar os sentidos do e para o país, é historicizar os
sentidos de uma época.
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15h20 - 15h40 |
I N T E R V A L O - COFFEE-BREAK |
15h40 - 16h |
06
|
O
OUTRO PÉ DA SEREIA: UMA VIAGEM NO TEMPO-ESPAÇO NA OBRA DE
MIA COUTO.
Aparecida
Cristina da Silva (UNEMAT/CAPES)
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Neste
trabalho de conclusão de curso, onde desenvolvi um artigo
científico propomos analisar a temática da viagem no romance O
Outro Pé da Sereia, do escritor moçambicano Mia Couto
(Antonio Emílio Leite Couto), com o principal objetivo de
demonstrar que o trabalho artístico do escritor moçambicano é
conjugar o tempo da história e o tempo da ficção através de
duas cidades fictícias, Vila Longe e Antigamente e de duas
personagens D. Gonçalo da Silveira e Mwadia Malunga. Desta
maneira, analisamos a temática da viagem que se apresenta tanto
no aspecto físico, quanto no psicológico, transcorrendo no
interior das personagens, tendo assim como recurso a viagem
simbólica ao próprio interior revisitando a (s) sua (s)
identidade (s), que ao mesmo tempo se confunde com a busca da
identidade do país. Essa viagem empreendida pelas personagens no
interior da narrativa de Mia Couto ocorre também no plano da
memória. Assim sendo, a nossa análise baseia-se a partir das
relações existentes entre as personagens Mwadia Malunga e D.
Gonçalo da Silveira, bem como, as suas relações com o
espaço-tempo na narrativa de Mia Couto. Contudo, destacamos duas
temporalidades existentes na obra, (1560) e (2002), ou seja,
demonstrando as relações existentes entre o passado e o
presente, tecendo uma análise sobre a representação colonial
portuguesa em terras moçambicanas, onde o escritor tece uma
reconstrução ficcional fazendo assim uma representação
histórica e política sobre a história oficial de Moçambique.
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16h
- 16h20
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07
|
AS
EPIGRAFES E AS REALAÇÕES INTERTEXTUAIS EM INOCÊNCIA DE VISCONDE
DE TAUNAY
Janaina
Menkes Negro (UNEMAT)
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Visa
este trabalho ao estudo da intertextualidade existente entre o
romance Inocência, de Visconde de Taunay e os fragmentos
literários de outros escritores presentes na obra em forma de
epigrafe, gerador de possíveis diálogos entre a literatura de
língua portuguesa e a literatura estrangeira. Esta investigação
que tem seus primeiros passos a intenção de catalogar as
relações entre textos levar-nos-á também para compreensão da
construção da imagem da mulher do sertão de Mato Grosso
representada na literatura do século XIX produz efeito de leitura
e como esta dialoga com outros textos da cadeia ficcional do seu
tempo.
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16h20
- 16h40
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08
|
O
ENIGMA DE SOFIA: UM ESTUDO DA PERSONAGEM FEMININA SOB O OLHAR DE
MACHADO DE ASSIS
Fabielle
Ferreira da Silva (UNEMAT)
|
O
presente trabalho é desenvolvimento da primeira etapa do projeto
monográfico da graduação em Letras que visa entrever de que
maneira a mulher é representada na estética do realismo a partir
de um olhar masculino - de Machado de Assis. Neste sentido, a
reflexão temática busca verificar como ocorre a
representatividade do papel da mulher na sociedade do século XIX,
a partir da personagem Sofia do romance Memórias Póstumas de
Brás Cubas, em 1881, romance que veio inaugurar a estética
do realismo no Brasil, buscando compreender o que ele pode nos
revelar sobre a vida social da época.
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16h40
- 17:00
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09
|
LITERATURA
ENGAJADA E AS OBRAS DE CHICO BUARQUE.
Thainá
Aparecida Ramos de Oliveira (UNEMAT)
|
Esta
pesquisa traz uma investigação sobre a literatura e o seu papel
na sociedade, tendo como foco as transformações e as
preocupações sociais com os ideários políticos. Nesse sentido,
o estudo realizado trará apontamentos em relação a como os
contextos sociais, históricos e políticos, influenciaram de
maneira direta e indiretamente nas produções literárias,
construindo um conhecimento a respeito da sociedade em um
determinado período histórico. Quando se fala em literatura de
engajamento, percebe-se o comprometimento social intimamente
ligado com o autor e a sua obra, seja ela na escrita, na pintura
ou na música. A literatura se transforma conforme a sociedade se
movimenta, ou seja, o contexto social de cada período vai sendo
introduzido na literatura de acordo com a época e suas
concepções. É nesse cenário de transformações e preocupações
sociais, que o foco desta pesquisa são as obras de Chico Buarque
e a sua preocupação com os ideários políticos, que o fizeram
ser reconhecido como um autor completo, não só pela variedade de
gêneros que a sua literatura abarca, mabs principalmente em
relação ao seu engajamento político e social. Não se pode
falar sobre o grandioso Chico Buarque, sem mencionar a ditadura e
seu trabalho com a linguagem, a fim de desenvolver o pensamento a
respeito dessa política de opressão, que comandou o país
durante1964 a1985. Desta forma, o presente estudo caminhará neste
contexto político - social embasado na literatura.
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17:00
- 17h20
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SALA
4
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ORD.
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NOMES
DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE
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RESUMO
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HORÁRIO
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01
|
NA
TRILHA DO VERBETE "BICO"
Aparecida
Salvino (UNEMAT),
Gizelda
Maria Costa (UNEMAT)
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Este
presente trabalho foi proposto pela disciplina de Semântica no
decorrer dos estudos da significação das palavras, e tem como
objetivo refletir sobre os significados do verbete bico em
diferentes dicionários, aqui compreendidos como instrumentos
linguísticos da pesquisa lexicográfica. Tendo como objeto de
estudo os sentidos do verbete "bico" em dicionários de Língua
Portuguesa do Brasil,inserido em diversos contextos históricos e
sociais, observando se os sentidos mudam ou permanecem, de acordo
com o modo de vida da sociedade de cada época.
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14h
- 14h20
|
02
|
MULHER
É ROSA CHOQUE!
Andréia
José Correa Pinto (UNEMAT),
Elda
Cintra Leite (UNEMAT)
|
O
presente trabalho resulta da proposta da disciplina de Semântica
e tem por finalidade analisar os sentidos do verbete "mulher"
em vários dicionários de língua portuguesa que registram,
conforme os diversos contextos históricos e sociais, os sentidos
atribuídos à mulher. No desenvolvimento deste trabalho,
pretendemos mostrar as mudanças e diferenças dos sentidos do
verbete "mulher", em quatro dicionários. O Dicionário
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1962)
define a evolução da mulher, que antes era considerada apenas do
"sexo feminino", e atualmente já se tornou mãe, dona de
casa, esposa, mulher com seus atributos, ou seja, companheira e
pecadora. Esses significados formaram sua identidade feminina a
partir de fatos históricos - religiosos e sociais. Para um bom
entendimento no que tange a evolução e a clareza do verbete
"mulher", a utilização de diferentes dicionários foi
fundamental para o esclarecimento deste processo de evolução e
valorização, permanência da mulher com suas respectivas
qualidades. Pois a importância da existência do dicionário é
de grande valia e estimável riqueza, pois foi o instrumento usado
para a elaboração deste trabalho, o que se pode observar que é
o dicionário que conduz a descrever uma língua e seu
entendimento, observando em diferentes dicionários as
significações, evoluções, desvalorizações da palavra em
especial a apresentação, e a escrita do verbete "mulher".
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14h20 - 14h40
|
03
|
MÉTODOS
DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Regina
Aparecida Marques de Arruda (UNEMAT)
|
O
ensino de Língua Estrangeira (LE) passou por várias
transformações metodológicas ao longo do tempo. Este trabalho
tem por objetivo apontar diferentes métodos de
ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira, a partir do ponto de
vista histórico do ensino dessa área da linguagem no Brasil.
Assim, a escolha do tema tem como foco analisar as características
a respeito desses métodos de ensino utilizados em diferentes
períodos históricos nas escolas públicas. Nesta comunicação,
discutiremos alguns aspectos que norteiam cada um dos métodos e
suas características, como por exemplo, o "Método
Audiolingual". O objetivo geral da nossa apresentação é
expor aos professores de Língua Estrangeira os métodos e
abordagens existentes a serem trabalhadas nas escolas e propor uma
reflexão sobre quais métodos poderiam ser adotados, levando em
consideração as necessidades do aluno. Propomos a apresentação
de métodos de ensino de Línguas Estrangeiras, embora diferentes
uns dos outros, não deixam de serem atraentes e terem eficácia
positiva na aprendizagem. Nesse processo, esta comunicação
trata-se de um recorte da nossa pesquisa monográfica em que serão
aplicados questionários fechados e abertos em que os professores
do Ensino Médio de algumas escolas estaduais da cidade de
Cáceres-MT, destacando opções já apontadas pelos pesquisadores
no questionário. A intenção para a pesquisa monográfica seria
a verificação dos métodos de ensino trabalhados em sala de
aula, o porquê da escolha desse (s) método (s), e quais os
resultados obtidos, se são satisfatórios ou não do ponto de
vista do professor.
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14h40
- 15h
|
04
|
CONFUSÃO
E (RE)CRIAÇÃO EM
"FAMIGERADO",
DE GUIMARÃES ROSA.
Luciene
Candia (UNEMAT/CAPES)
|
João
Guimarães Rosa (1908 MG - 1967 RJ) publicou Primeiras
Estórias em 1962, mas já havia inscrito seu nome na
literatura universal pela inovação da linguagem, pela exploração
de um tipo de rionalismo que elevava os valores culturais e
sociais do sertão brasileiro, desde a primeira publicação do
também livro de contos Sagarana, de 1946. "Famigerado"
é um dos 21 contos de Primeiras Estórias, e será nosso
foco nesta comunicação. Por inovar a linguagem literária com
(re)criação de novos verbetes, e explorar os sentimentos humanos
levados por um questionamento existencial nos contos e em seu
principal romance Grande Sertão Veredas (1956), Guimarães
Rosa é reconhecido como um dos maiores escritores brasileiros,
mais que isso dificulta a influência por outros escritores, por
sua originalidade na escrita. De estrutura aparentemente simples,
"Famigerado" é narrado em primeira pessoa pela figura do
personagem médico e evidencia um episódio cômico, pois o
narrador ironiza na linguagem a oralidade dos discursos de ambas
as personagens, o médico e o pistoleiro, com invenções e
intervenções semânticas e sintáticas. Ambas as personagens são
figuras representativas imponentes, um pelo aspecto da força
(pistoleiro), outro por deter o conhecimento (erudito), isso pelo
jogo estabelecido com a língua, que ultrapassa os limites da
comicidade, e representa na narrativa, um lirismo linguístico. O
pistoleiro Damázio recorre ao médico culto para esclarecer uma
dúvida quanto ao sentido da palavra "famigerado", o que
ocorre na descrição narrativa de imponência do pistoleiro e
medo do médico, e afirma uma estrutura cômica, porém de sentido
social, a ignorância poderia levar a violência.
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15h
- 15h20
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05
|
O
PROCESSO DE (DES)IDENTIDADE DOS POVOS CHIQUITANO: ESPAÇO DE
SUBJETIVAÇÃO NAS ÁREAS DE FRONTEIRA
Selma
Dorriguete (UNEMAT)
|
Com
a colonização da América do Sul, em 1542, os espanhóis
chegaram a Grande Chiquitania, hoje Bolívia, e escravizaram de 40
a 60 mil índios, em menos de 20 anos. Esses povos indígenas
foram obrigados a se desligar de suas origens, de sua cultura e
impedidos de falar a sua língua. Nessa época, o governador da
cidade de Santa Cruz de La Sierra solicitou a ajuda dos Jesuítas
para evangelizar os Chiquitano, que só foram libertados desse
sistema de servidão, em 1953. Em virtude da disputa da coroa
portuguesa e espanhola, o povo Chiquitano foi divido, ficando uma
parte deles situada no extremo sudoeste do Estado de Mato Grosso,
próxima da fronteira com a Bolívia. O interesse do presente
estudo é o de analisar discursivamente como se situa, atualmente,
essa parte da população indígena que sofreu dois grandes golpes
de perda da identidade: a primeira causada pela doutrinação
jesuítica, e a segunda pela coroa portuguesa, quando estabeleceu
as fronteiras do Brasil. Assim, o nosso desejo é o de compreender
como a perda da identidade, através da língua, é significada
para essa população que passou por processos de silenciamento e
de sujeição à cultura de uma sociedade dominante.
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15h20
- 15h40
|
I
N T E R V A L O - COFFEE-BREAK
|
15h40
- 16h
|
06
|
A
INVENÇÃO
DO HERÓI NACIONAL: POSIÇÕES (DO) SUJEITO NA HISTÓRIA E NA
LITERATURA DO BRASIL.
Rogério
Martins (UNEMAT/CAPES)
|
No
presente trabalho propomo-nos -pelasteorias Semântica
do Acontecimento conforme Guimarães (2002 e 2005) e Oliveira
(2006) e Análise de Discurso conforme Pêcheux (1983) e Orlandi
(1999) - a analisar a palavra herói em três diferentes
materiais. Primeiramente tomaremos os dicionários Aurélio (1999)
e Houaiss (2001) pensando particularmente a determinação para a
palavra herói como entrada. Neste sentido, consideramos o
conceito de Domínio Semântico de Determinação (DSD) formulado
por Guimarães (2004). Num segundo e terceiro momentos trabalhamos
com os conceitos de referência, predicação e determinação
procurando reconhecer o modo como se constitui a significação e
a historicidade da palavra herói nos seguintes enunciados:
a. O decreto/lei nº 11.597, de 29 novembro de 2007 que dispõe
sobre a inscrição de nomes no livro dos heróis da pátria,
livro este que se encontra exposto no monumento designado
Panteão da Pátria Tancredo Neves em Brasília-DF; b. um
recorte do primeiro capítulo da obra literária Macunaíma, o
herói sem nenhum caráter (1928) de Mário de Andrade. Nosso
propósito é compreender como a palavra herói materializa
e naturaliza sentidos que se constituem como um modo de predicar
uma posição sujeito para representar uma nação. Neste caso a
nação brasileira.
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16h
- 16h20
|
07
|
EM
BUSCA DA TRANSFORMAÇÃO: UMA LEITURA DO CONTO "CREME DE
ALFACE",
DE
CAIO FERNANDO ABREU.
Luciene
Candia (UNEMAT/CAPES)
|
A
proposta dessa comunicação se centra no conto "Creme de
Alface" do escritor brasileiro Caio Fernando Abreu (1948 -
1996). Publicado no livro de contos Ovelhas Negras (1995),
o conto foi censurado ora pela ditadura militar, ora pelo próprio
autor, convencido da violência abordada pelo texto, como bem
afirma na epígrafe "acabava por
rejeitá-lo com um arrepio de repulsa pela sua absoluta
violência", deixado por anos
nas gavetas até ser publicado junto a outros contos renegados
anteriormente. Recortamos
para esta apresentação, aspectos no que tange a temáticas como
a violência, o espaço urbano, o intimismo da
personagem-protagonista, tão próprios do autor. Ovelhas
Negras foi premiado com o
Jabuti da Câmara Brasileira do livro em 1996, como melhor livro
de contos do ano. O livro de Caio Fernando Abreu dialoga com A
Legião Estrangeira (1964), de Clarice Lispector. A referência
ao livro da escritora se justifica pela epígrafe inicial de
Ovelhas Negras em que Clarice Lispector argumenta sobre
publicar aquilo que "não presta". Ovelhas Negras reúne
um conjunto de contos dispersos, escritos de 1962 a 1995, segundo
a introdução feita pelo escritor no livro. Essas notas
introdutórias que seguirão em cada conto são importantes para o
leitor, pois explica/justifica a publicação dos textos antes
renegado. Como o próprio título sugere, os contos seriam aqueles
excluídos das seleções individuais, por não se inserir a
outras "ovelhas brancas" - textos publicados anteriormente.
Tanto o livro de Clarice Lispector quanto de Caio Fernando Abreu
trazem a tona a discussão do cânone literário, sendo dessa
forma uma crítica dos escritores quanto à estilística dos
textos literários.
|
16h20
- 16h40
|
08
|
SENTIDOS
DE DISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR
Sebastião
Vieira da Cruz (UNEMAT)
|
Dentro
do ambiente escolar, sempre observei o comportamento de alunos e
professores, e o relacionamento entre eles. Os noticiários têm
mostrado, com freqüência, sobre o tema, inúmeras matérias de
desarmonia nessas relações. Percebe-se que a escola, quase
sempre, atribui a culpa do fracasso escolar ao aluno,
discretamente afirmando que é indisciplinado, que o comportamento
do aluno não é o correto. E o aluno por sua vez, sempre culpa o
professor. Nasceu daí o meu interesse em estudar sobre este
assunto, entender essa relação Disciplina, Comportamento,
aproveitamento escolar. E considerando os múltiplos sentidos que
são comumente atribuídos ao termo "disciplina", decidi tomar
como objeto da minha pesquisa, um recorte que busca,
primeiramente, identificar esses diferentes sentidos na escola, na
família, nas igrejas, no quartel, na sociedade em geral; ao mesmo
tempo, buscar uma bibliografia adequada que me dê condições de
compreender, historicamente, esses sentidos. Para entender melhor
sobre o assunto tomarei como uma das linhas de estudos os
trabalhos realizados pelo estudioso Michel Foucault,
especificamente em uma de suas obras (Vigiar e Punir). Foucault
estuda os mecanismos da disciplina como poder exercido sobre os
corpos, corpo que se manipula, se modela, se treina, que obedece,
responde, se torna hábil ou cujas forças se multiplicam (idem,
p. 117), e afirma que a atuação da disciplina ocupa lugares
fechados como escolas, hospitais e prisões etc. Que a escola é o
espaço do sistema capitalista que se apropria do corpo e do tempo
do estudante. Este trabalho portanto, prioriza o ambiente escolar
na tentativa de compreender o relacionamento entre professor e
aluno e aproveitamento escolar.
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16h40
- 17:00
|
09
|
A
ABORDAGEM DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN) SOBRE AS
VARIEDADES LINGUÍSTICAS DE PRESTÍGIO SOCIAL.
Josimar
de Aquino (UNEMAT)
|
O
presente trabalho nasceu do interesse em me qualificar quanto à
futura profissão que o curso de Licenciatura em Letras nos
proporciona. Tendo em vista que o sistema educativo brasileiro
possui um parâmetro de ensino, proponho analisar, nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), mais propriamente o de Língua
Portuguesa, o fato de que há uma língua considerada como língua
de prestígio social e que essa língua possui variantes, tanto na
fala, quanto na escrita. Ressalto aqui algumas variantes da
língua, como linguagem técnica, linguagem jurídica, linguagem
jornalística, linguagem cientifica, etc., e procurarei verificar
se os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa
fornecem aos professores e aos futuros professores, informações
sobre essas variedades da língua considerada como língua de
prestígio social; procurarei identificar qual a abordagem
apresentada nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa e se essa obra levanta a importância de se apresentar
também, aos alunos, as diferentes variedades. Nessa perspectiva
poderei identificar se esse tema orienta suficientemente
professores que trabalham e trabalharão nessa área,
proporcionando a seus alunos uma qualificação sobre o
conhecimento dos diferentes estilos de escrita/fala da língua
considerada como língua de prestígio social, ou seja, a Língua
Culta. Nosso objetivo, com este projeto é o de orientar os
professores no sentido de saber identificar as variedades da
língua nacional e saber trabalhar com elas na educação básica.
Teoricamente, este projeto se apóia, sobretudo, na
sociolingüística.
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17:00
- 17h20
|
SALA
5
|
ORD.
|
NOMES
DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE
|
RESUMO
|
HORÁRIO
|
01
|
OS
SENTIDOS DO VERBETE PIRANHA EM DIFERENTES DICIONÁRIOS DA LÍNGUA
PORTUGUESA.
Angela
Maria Rodrigues (UNEMAT),
Patrícia
Dorigo da Silva (UNEMAT)
|
Neste
artigo buscamos analisar as mudanças de sentido do verbete
piranha em quatro diferentes dicionários da Língua
Portuguesa e ainda objetivamos compreender suas variações
históricas e sociais desde o século XIX até o século XXI.
Analisaremos os dicionários de Pinto (1832), Aurélio (1986),
Houaiss (2004) e Michaelis online observando as mudanças nas
palavras usadas na significação do léxico estudado de uma
edição para outra. Esta análise surgiu pelo fato da sociedade,
tanto antiga quanto contemporânea, fazer uma pré-interpretação
do comportamento das mulheres, sempre relacionando como deveria se
portar uma mulher em sociedade. Frisamos também a importância do
dicionário e como ele contribuiu e ainda contribui para o nosso
enriquecimento no conhecimento de nossa língua. Veremos que em
cada época os dicionaristas atribuem mudanças e acrescentam
sentidos às palavras que usamos em nosso cotidiano, nos levando a
compreender as variações em seus significados através dos
acontecimentos históricos e culturais de cada época da nossa
história até os dias atuais. Esta análise visa não só mostrar
a função do léxico como também analisar como o sujeito a
coloca em funcionamento dentro de suas relações sociais. Alem do
verbete piranha, foi analisado também o verbete mulher
e o verbete meretriz, pelo fato de no dicionário mais
antigo de PINTO, do ano de 1832, não constar o verbete piranha
em questão. A origem da palavra piranha também será
pesquisada para se compreender melhor sua etimologia e se comparar
com os sentidos que trazem os dicionários.
|
14h
- 14h20
|
02
|
MARCOS
REGULATÓRIOS DOS DIREITOS DA MULHER NO BRASIL: DO MOVIMENTO
FEMINISTA À LEI MARIA DA PENHA.
Alianna
Caroline Sousa Cardoso (UNEMAT)
|
Não
teríamos uma Lei Maria da Penha se não houvesse um histórico de
sofrimento, violência e conquistas. Desta forma o presente
trabalho perfaz uma narrativa histórica da trajetória dos
direitos da mulher no Brasil, desde o movimento feminista até o
ano de 2006, com o advento da Lei n.º 11.340, a Lei Maria da
Penha, que representa um marco no direito feminino brasileiro. Até
setembro de 2006, a violência doméstica no Brasil era julgada
nos chamados "tribunais de pequenas causas", que em geral
terminavam em acordos e penas leves, como pagamento de multas ou
de cestas básicas. A impunidade era tão grande que se tornou
motivo de deboche e até estimulava mais agressões. A legislação
brasileira não respondia de forma satisfatória à realidade,
pois não oferecia proteção às mulheres e nem punia o agressor,
de maneira adequada. A violação da integridade física e
psicológica da mulher nas relações afetivas era classificada
como lesão corporal leve, ameaça e injúria. O Código Penal
estabelecia como circunstância agravante da pena, as agressões
praticadas contra pais,filhos, irmãos ou cônjuges. Um dos
principais benefícios da Lei Maria da Penha foi definir com
clareza quais são os tipos de violência doméstica e familiar
contra a mulher - física, psicológica, sexual, patrimonial e
moral - e estabelecer os procedimentos que as autoridades
policiais e judiciais devem seguir se a mulher fizer a denúncia e
precisar de proteção.
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14h20 - 14h40
|
03
|
A
PERSONAGEM MADRASTA NA LITERATURA E NO CINEMA
Fabio
Adriano Massai (UNEMAT)
|
Esta
pesquisa tem como objetivo discutir a personagem madrasta em duas
semióticas: a literatura e o cinema. Na literatura, temos o conto
"Branca de Neve", em que foi construído o mito de que a
madrasta é uma pessoa ruim. No cinema, temos o filme "Lado a
Lado", em que essa personagem foi construída de forma dedicada
e carinhosa. Desse modo, este estudo fará a desmistificação da
figura da madrasta má, mostrando que essa personagem pode se opor
em épocas e objetos de estudos diferentes.
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14h40
- 15h
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04
|
EFEITOS
DE SENTIDO DAS NOMEAÇÕES DO SUJEITO DEFICIENTE UTILIZADAS PELA
SOCIEDADE
Marta
Aparecida Ferreira (UNEMAT)
|
As
expressões utilizadas para nomear o sujeito deficiente foram
historicamente sendo substituídas, sem evitar, entretanto,
funcionar socialmente de forma preconceituosa, pejorativa e
discriminatória. A problemática que levanto, em termos gerais,
é: Como lidar, então, com a terminologia sobre deficiência na
era da inclusão? Os termos denominados "politicamente corretos"
são os "mais apropriados" ou apenas simulam o
preconceito velado? O objetivo deste trabalho é compreender os
efeitos de sentido produzidos pelas diversas nomeações
utilizadas pela sociedade para referir a pessoa com deficiência,
tendo como fundamentação teórica a Análise do Discurso de
linha francesa (Michel Pêcheux, na França, e Eni Orlandi, no
Brasil). Identificar como se produziu historicamente a
terminologia que diz a pessoa com deficiência significa
explicar o funcionamento do discurso em suas determinações
históricas, através da ideologia. Os sujeitos, os sentidos e os
discursos nunca estão prontos e acabados, porque a língua
trabalha constantemente na tensão entre o mesmo e o diferente,
retornando aos mesmos dizeres (paráfrase) e o que tem a se dizer
no processo de produção da linguagem (polissemia). O cruzamento
dos diversos discursos que tentam legitimar uma expressão menos
pejorativa para nomear o sujeito deficiente promove
discursividades que se inserem no senso comum. Segundo Martins e
Silva (2000), quando se substitui deficiente por diferente,
por exemplo, verifica-se um processo de homogeneização que
ocorre nos dois sentidos: pela negação da diferença ou pela
universalização da diferença; num se nega, no outro se afirma.
Quando se diz "são todos iguais" se está negando a
deficiência; "são todos diferentes", se está negando
a normalidade.
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15h
- 15h20
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05
|
SOBRE
OS CONCEITOS DE SEXUALIDADE E GÊNERO
Alianna
Caroline Sousa Cardoso (UNEMAT)
|
Quando
tentamos pensar a dominação masculina, sem intenção alguma,
recorremos e nos submetemos aos modos de pensamento, produtos de
milênios de dominação machista. Nos resta identificar como a
diferença se instalou e os porquês que fazem com que nossa
realidade empírica se forneça de uma dualização generalizada
das funções sociais de homens e mulheres. Fomos doutrinados a
nos acostumar com profissões e comportamentos específicos de
homens e mulheres, e a nos horrorizar quando tais imposições
fossem transgredidas, amadurecemos tecnologicamente sob a égide
de pré-conceitos e os paradigmas impostos de comportamento e
posição transformaram nossa sociedade em uma comunidade de
indivíduos cada vez mais pré-conceituosos, baseados em
convenções e ideologias ultrajadoras, acabamos sendo
monopolizados a acreditar que as diferenças existentes entre os
corpos físicos de homens e mulheres vão além de suas limitações
biológicas.
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15h20
- 15h40
|
I
N T E R V A L O - COFFEE-BREAK
|
15h40
- 16h
|
06
|
UM
RAIO-X DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO BRASIL
Alianna
Caroline Sousa Cardoso
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Agredir,
matar, violentar mulheres, estuprar meninas, são atitudes que têm
acontecido ao longo da história em praticamente todos os países
ditos civilizados e dotados dos mais diferentes regimes econômicos
e políticos. A proporção do potencial agressivo da população
masculina, porém, varia de acordo com a cultura de seus países.
A violência contra a mulher é uma expressão abrangente,
incluindo diferentes formas de agressão à integridade corporal,
psicológica e sexual, ela ocorre principalmente no espaço
doméstico, cometida por parceiros e por pessoas com quem as
vítimas mantêm relações afetivas ou íntimas. Certamente o ato
de violência contra a mulher está profundamente arraigado nos
hábitos, costumes e comportamentos sócio-culturais e advém da
idéia do feminino que foi criada para a civilização ocidental
por meio de religiões, convenções e padrões sociais, de tal
forma que, as próprias mulheres encontram dificuldade em
exterminar com situações de violência que sofrem, entre muitos
outros motivos, por acreditarem que seus companheiros têm direito
de puni-las se acham que elas fizeram algo errado ou infringiram
as normas que eles determinaram. Entretanto, a partir da atuação
dos movimentos feministas, comportamentos considerados "naturais"
passaram a ser classificados como violência - impedir a mulher de
trabalhar fora de casa, negar-lhe a possibilidade de sair só ou
de ter amigas, impedi-la de escolher o tipo de roupa que deseja
usar, impedir sua participação em atividades sociais, agressões
domésticas de pequena monta ou desqualificação e humilhações
privadas ou em público, as relações sexuais forçadas dentro do
casamento. E foi sob essa égide nas
últimas três décadas, houve avanços significativos na
construção dos direitos civis e políticos das mulheres
brasileiras. Para que as mulheres exerçam a cidadania em sua
plenitude e com dignidade, é fundamental introjetar na sociedade
os preceitos estabelecidos na Constituição e nos tratados
internacionais.
|
16h
- 16h20
|
07
|
ATIVIDADE
DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR:
ANÁLISE
DA ORALIDADE MA ESCRITA.
Maria
Justina A. e Silva (UNEMAT),
Welliton
Martins Bindandi (UNEMAT),
Milena
Borges Moraes (UNEMAT)
|
Esta
comunicação tem como objetivo apresentar o trabalho feito como
Prática de Componente Curricular (no 3º semestre do curso de
Letras/UNEMAT) na disciplina de "Língua Portuguesa II: Fonética
e Fonologia". O presente trabalho tem como objetivo observar os
principais "problemas" de ordem ortográfica ocorridos nos
textos de alunos, também, visa refletir sobre a contribuição do
conhecimento fonético e fonológico para explicar o sistema
gráfico da língua portuguesa e por fim, compreender como os
professores lidam com esses "erros" ortográficos. Foi tido
como objeto de análise textos de alunos do Ensino Fundamental da
"Escola Municipal Clarinópolis" escola que se localiza na
zona rural, na região de fronteira entre Brasil/Bolívia. Também
foi elaborado questionários, no qual, o professor comenta a
maneira que desenvolve um método para trabalhar com os erros
cometidos pelos alunos em sala de aula. Para fundamentar
teoricamente essa pesquisa recorremos, em primeiro momento, à
realização de estudos bibliográficos acerca de teorias sobre a
aquisição da escrita, redação escolar e ortografia,
segmentação de palavras, e conteúdo visto na disciplina de
fonética e fonologia. Um dos objetivos do trabalho foi exercitar
a pesquisa como procedimento capaz de levar à construção do
conhecimento, por meio de atividades de investigação, inclusive
em espaços fora da sala de aula e em grupos.
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16h20
- 16h40
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08
|
FORMAÇÕES
IMAGINÁRIAS: O NÓS
E O USUÁRIO DO SUS.
Maria
Marta Lino de Oliveira Silva (UNEMAT/CAPES)
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Nosso
objetivo, com este trabalho, é explicitar as relações que se
estabelecem entre os sujeitos (o Nós e o usuário)
na interlocução enunciativa existente em um folder do SUS. Este
folder - denominado Cartilha do Usuário - foi elaborado em
agosto de 2001, quando da inauguração do Hospital Regional de
Cáceres Dr. Antonio Fontes. Para procedermos à análise do
recorte efetuado, mobilizamos, a partir do quadro teórico da
Análise de Discurso de linha francesa, o conceito de Formações
Imaginárias. Sempre que um sujeito enuncia, que toma para si a
palavra, temos um funcionamento discursivo, ou como diz Orlandi
(1983), temos uma atividade estruturante de um discurso
determinado, feito por falante determinado, para um interlocutor
determinado, e sendo assim, com finalidades específicas. Em
relação ao corpus, perguntamos: quem se nomeia como Nós?
São eles, os trabalhadores do Hospital ou o Governo Estadual?
Quais são as imagens que esses sujeitos se atribuem na produção
do enunciado? Qual(is) discurso(s) permeia(m) o texto? Assim, ao
compreendermos como se estabelecem as relações entre estes
sujeitos (no plano enunciativo) podemos dar visibilidade aos
efeitos de sentido que se produzem no espaço institucional
hospitalar.
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16h40
- 17:00
|
09
|
ENTRE O CASAMENTO E O ADULTÉRIO:
UMA REPRESENTAÇÃO DO AMOR NO ROMANCE "BALADA DE AMOR AO VENTO"
DE PAULINA CHIZIANE
Elizanéia Trindade da Silva (UNEMAT)
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Este trabalho, que ora apresento como parte de um
estudo que venho desenvolvendo com a finalidade monográfica de
conclusão de curso, parte de um pré-projeto de pesquisa,
desenvolvido a partir da minha inquietação e interesse pela área
das Literaturas Africanas, especificamente a literatura produzida
em Moçambique. Desta maneira, proponho analisar o romance "Balada
de Amor ao Vento" (2003) da escritora moçambicana Paulina
Chiziane. A partir da leitura do romance, me chamou a atenção as
relações existentes entre as personagens Mwando e Nguila,
descendentes de uma família de reis, os Zucula, e a personagem
feminina, que considero principal no romance, Sarnau. Sendo assim,
proponho desenvolver uma pesquisa com base nos pressupostos
teóricos sobre a teoria da narrativa (GANCHO, 2006),
especificamente com base nas teorias da personagem, tendo como
base, neste primeiro momento, as contribuições teóricas de
Antonio Candido (1985) e Beth Braith (2006). O que me inquieta
neste primeiro momento da pesquisa é investigar as questões
relacionadas ao casamento e ao adultério, ambos com significados
opostos, tendo como representação principal a temática do amor,
envolvendo as personagens do romance de Paulina Chiziane. Amor e
adultério se chocam no romance em conseqüência de imposições
ideológicas do cristianismo, que confrontam com as significações
tribais das aldeias africanas, onde a poligamia é parte de seus
costumes ancestrais.
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17:00
- 17h20
|
SALA
6
|
ORD.
|
NOMES
DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE
|
RESUMO
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HORÁRIO
|
01
|
AS
"AVENTURAS" DA IDENTIDADE EM ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS.
Wellington
Oliveira de Souza (UNEMAT)
|
Esta
comunicação tem como objetivo realizar uma reflexão geral
acerca das aventuras vividas pela personagem Alice no romance
Alice no País das maravilhas de Lewis Carrol. Pretende-se aqui,
abordar algumas "aventuras" em busca da identidade e com isso
refletir, a partir das aventuras da personagem, a
aprendizagem/crescimento que a pequena Alice obteve com as
experiências vividas. Tal obra vista por alguns críticos como
literatura do nonsense, aborda questões de lógica, matemática,
psicanálise, filosofia e outros aspectos, contribuindo assim para
que o clássico possa ser interpretado de diversas maneiras. Dessa
forma, a personagem de Lewis Carrol pode representar o processo de
metamorfose do homem na constituição como individuo que busca,
vive, investiga e muda sua realidade. Podemos dizer ainda que a
personagem tem um amadurecimento pessoal pelas próprias
aventuras, e que assim como o homem no percurso por sua
identidade, não está privada de escolher seus próprios
caminhos, ter suas próprias decisões e ter suas opiniões
constituindo-se alguém no mundo e adquirindo o lugar e
importância nas relações com outros indivíduos que constituem
as relações interpessoais. Contudo, este estudo tem a finalidade
de discutir a importância e contribuição da literatura, que
possui papel humanizador.
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14h
- 14h20
|
02
|
OS
SENTIDOS DO VERBAL E O NÃO VERBAL NOS NOTICIÁRIOS SOBRE O
TRÁFICO DE DROGAS NA FRONTEIRA: UM LITÍGIO ENTRE BOLIVIANOS E
BRASILEIROS.
Erisvânia
Gomes (UNEMAT)
|
Ao tomar conhecimento do projeto "Arquivos sobre o sujeito
nacional: discursividades na sociedade e na cultura
contemporânea", coordenado pela Profª. Drª.Bethânia Sampaio
Corrêa Mariani, da Universidade Federal Fluminense, do qual faz
parte a Profª. Ana Di Renzo, propomo-nos, como bolsista PIBIC
CNPq, a analisar as relações de sentido entre sujeitos
(cacerenses e bolivianos) no espaço de fronteira. Este pesquisa
visa compreender os discursos sobre o tráfico de drogas,
constituído por diversas materialidades linguísticas que
produzem um certo modo de constituição do sujeito de fronteira.
Para
iniciarmos essa análise, buscaremos as materialidades nos
discursos de jornais, revistas que circulam na cidade, bem como
nas entrevistas a fim de compreendermos a constituição de
sentidos entre o verbal e o não verbal nos noticiários sobre o
tráfico de drogas na fronteira.
Sendo assim, o objetivo deste trabalho é compreender, a partir de
procedimentos teóricos e analíticos da teoria, como a língua se
organiza para significar e como esses sentidos são constituídos
por uma relação com a exterioridade, no nosso caso, das
discursividades com o tráfico de drogas e a fronteira. Tomamos
como base teorica para a iniciação da pesquisa a análise do
discurso materialista desenvolvida na França por Michel Pêcheux
e, no Brasil, por Eni Orlandi.
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14h20 - 14h40
|
03
|
A
LÍNGUA DA ESCOLA... E A FALA DA CRIANÇA
Andréia
Silva Canhete (UNEMAT)
|
O
objetivo desse projeto é evidenciar as relações entre
língua-sociedade, levando em conta observações da língua, em
sua forma escrita ou oral, produzida por pessoas de diferentes
idades e níveis de escolarização. A curiosidade sobre este
assunto nasceu através das aulas de sociolingüística e
pesquisas feitas em escolas, com professores da área de língua
portuguesa do ensino fundamental. O objetivo deste projeto é
identificar problemas e equívocos que acontecem dentro da sala de
aula em relação ao ensino da língua Formal e Informal,
Letramento, Utilização da Gramática e Variedades Linguísticas.
Com esses objetivos, analisaremos as dificuldades que os alunos
encontram em relação a sua própria língua. Tentaremos discutir
questões como: São as crianças que fracassam? Ou fracassa a
escola? Quando não consegue fazer a criança apreender os
conteúdos que pretende ensinar, como reage a escola? Como explica
a situação? Seus alunos estariam despreparados culturalmente?
São pouco inteligentes? Desinteressados? Ou seria a escola, ela
própria que estaria fazendo avaliação errônea do conteúdo, do
método de ensino e das pessoas a quem dirige sua atividade? E a
posição do MEC em relação às dificuldades escolares? A
metodologia da pesquisa será embasada na área da sociolinguísta,
sob orientação de professores da área.
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14h40
- 15h
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04
|
CONTRIBUIÇÕES
SAUSSUREANAS AOS ESTUDOS LINGUISTICOS.
Maria
Luzia de Souza Brito (UNEMAT)
|
Este
trabalho tem como objetivo apresentar, ainda que de maneira
sucinta, as contribuições de Ferdinand de Saussure, em seu Curso
de Lingüística Geral, para os estudos da lingüística moderna
do século XX, que se caracterizou, inicialmente, em dicotomias:
langue (língua) em oposição a parole (fala);
sincronia e diacronia, rompendo com a tradição dos
neogramáticos, conferindo prioridade para a pesquisa descritiva
(sincrônica), em detrimento da pesquisa histórica (diacrônica).
Saussure ocupou-se do estudo sincrônico da língua e, mesmo não
tendo usado a nomenclatura estruturalismo, deixou um valioso
estudo sobre a estrutura da língua a que chamou de sistema. O
estudo dos signos ou teoria geral da semiologia considera a língua
como um sistema de signos e esclarece dois tipos de sinais: os
naturais e os convencionais; considera a língua como um sistema
homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos que
deve ser estudado separado da fala. Para ele, o estudo da fala
seria problemático, por envolver todas as possibilidades
impressas nela pelos falantes, impossibilitando uma análise
científica. Este projeto surgiu a partir de debates feitos na
sala de aula sobre a importância da contribuição teórica de
Saussure nos estudos lingüísticos. O objetivo deste projeto é
identificar essa contribuição de Saussure; para isso, me
proponho a levantar o que os teóricos contemporâneos têm
escrito sobre o tema, em particular, Mattoso Câmara, Hjelmslev,
Jakobson, Martinet, Eduardo Guimarães, entre outros.
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15h
- 15h20
|
05
|
O DISCURSO SOBRE O DEFICIENTE NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Lídia
Garcia de Faria (UNEMAT)
|
O
conjunto das leis brasileiras sobre a pessoa
com deficiência -
nomeação atual - é um dos mais avançados do mundo.
Entretanto, o que se observa é a dificuldade em transformá-la em
ações sociais. Por outro lado, a escritura da lei tenta lhe
garantir uma neutralidade e uma fixidez de sentidos através de
sequências discursivas estratificadas em títulos, capítulos,
seção, artigos parágrafos, incisos, alíneas. Esta pesquisa
constitui o Projeto de Iniciação Cientifica do qual faço parte
e tem como objetivo compreender o funcionamento do discurso sobre
o sujeito deficiente produzido pelas Constituições Brasileiras.
Tendo como fundamentação teórica a Análise de Discurso de
linha francesa (Michel Pêcheux, na França, e Eni Orlandi no
Brasil), queremos verificar como a lei maior instaura sentidos
pela designação ou silenciamento do deficiente. Sujeito e
sentidos se constituem ao mesmo tempo e a relação com a
linguagem articula o simbólico com o ideológico. Ao nos
interrogar sobre os efeitos de sentido que a legislação faz
circular, temos a considerar que a lei é um preceito formulado
por uma autoridade constituída, imposta coercitivamente à
obediência geral. Ao trabalhar discursivamente com a opacidade da
língua, onde o sentido sempre pode ser outro, e a incompletude do
discurso, pois ele nunca está fechado, queremos dar visibilidade
aos processos de deslizamentos de sentidos, ao equívoco.
Verificar como o texto da lei produz sentidos que se cristalizam
historicamente significa compreender como se constituem as
discursividades que dizem
o sujeito deficiente..
|
15h20
- 15h40
|
I
N T E R V A L O - COFFEE-BREAK
|
15h40
- 16h
|
06
|
A
ESCRITA DOS ALUNOS NAS PROVAS DO ENEM: OS SENTIDOS E A RESISTÊNCIA
Amilton
Flávio Coleta Leal (UNEMAT)
|
Com
a presente pesquisa, ancorada na teoria da Análise do Discurso
formulada por Pêcheux na França e seus seguidores, e, no Brasil,
por Eni Orlandi e tomando algumas concepções adotadas por Auroux
(...) em seu trabalho intitulado "A Revolução Tecnológica da
Gramatização", propomo-nos realizar uma investigar a escrita
dos alunos concluintes do Ensino Médio a partir dos exames que
avaliam a competência lingüística, dentre eles o ENEM (Exame
Nacional
do Ensino Médio). A escrita para a teoria é o lugar onde o
sujeito se marca enquanto função-autor. Dessa forma, se faz
necessário que o aluno se marque como autor daquilo que diz, isto
é, que possua sua própria identidade através da escrita. Porém,
o resultado desses exames aponta para uma crise no ensino de
Língua Portuguesa, uma vez que demonstra, pela escrita de textos,
uma relação com a língua inscrita numa literalidade de
sentidos, esvaziada
de
historicidade. Uma das possíveis explicações, entre outras,
pode estar na forma como o LD (livro didático), instrumento de
ensino mais comum nas escolas, trabalha a relação sujeito e
língua escrita. Ao analisar esses instrumentais de ensino,
percebe-se com freqüência, o emprego de regras gramaticais como
sendo a única ferramenta fundamental na estruturação do texto,
cujos efeitos são uma escrita carente de argumentação, bastante
restrita em relação à abrangência do assunto a que se propõe
dissertar, além de grandes equívocos ortográficos. No tocante
ao sujeito e língua escrita, interessa-nos analisar o perfil de
aluno que se encontra no Ensino Médio em relação ao perfil de
aluno "ideal" proposto pelo ENEM, pois a Escola é a
instituição legítima para assegurar e desenvolver uma política
de leitura e escrita. Nesse sentido, pretendemos compreender a
relação entre esse sujeito e as propostas de escrita exigidas
pelo ENEM: um percurso que faz compreender, pelas condições de
produção próprias da história, a formação discursiva e as
discursividades que fazem funcionar tanto o imaginário de Escola
quanto de língua escrita nas políticas de acreditação do
ensino de língua portuguesa no Brasil.
|
16h
- 16h20
|
07
|
EM
QUE RELAÇÃO DE SENTIDOS SE CONSTITUEM OS NOMES
PRÓPRIOS
DE PESSOAS COM NOMES DE RUAS NA CIDADE DE
CÁCERES?
Lelyane
Santos Silva (UNEMAT)
|
Neste
projeto pretendo analisar como se deu a constituição dos nomes
próprios de rua na cidade de Cáceres, tomando três aspectos: a
estrutura morfossintática, o funcionamento semântico-enunciativo
e a configuração da temporalidade em que cada nomeação se
designa. A pesquisa será realizada com o intuito de poder
analisar como se deram as nomeações de ruas do centro da cidade
de Cáceres, cujos nomes são determinados por uma titulação e
se esses nomes são constituídos em um limite regional, da
localidade; como se constituiu o processo enunciativo que designou
as nomeações e como estes nomes são relacionados com os nomes
de ruas. O objetivo ao desenvolver este trabalho é detectar quais
são os sentidos e relações da nomeação de ruas com os nomes
próprios e se essas nomeações foram realizadas por questões
"políticas", por "homenagem" ou por outros motivos.
Identificar se existe uma relação com a temporalidade do
acontecimento, se houve algum processo histórico que determinou a
nomeação das ruas. Em termos de método, neste trabalho, será
realizado um estudo sobre a teoria da Semântica do Acontecimento,
proposto por Eduardo Guimarães, em diálogo com a Análise de
Discurso. O corpus a ser levantado será através de um mapeamento
geográfico e uma pesquisa histórica, das ruas Coronel José
Dulce, Coronel Faria, Coronel Ponce, Comandante Bauduino, Marechal
Deodoro, Marechal Rondon, General Osório e Coronel Antônio
Maria, os quais apresentam designação de nomes próprios dados
por uma titulação e a relação desses sujeitos com a história.
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16h20
- 16h40
|
08
|
O
NARRADOR E O ATO DE NARRAR: UM ESTUDO DE WALTER BENJAMIN
Silmara
de Fátima F. da Silva (UNEMAT)
|
Esta
comunicação acadêmica teve como estimulo o estudo do ensaio
sobre o narrador de Walter Benjamin. O texto reporta-se à
narrativa com fortes raízes na oralidade exaltando a narração
conceituando-a como arte, arte essa baseada em experiências
vividas, transmitidas via oral e até mesmo escrita. Este
trabalho, portanto, volta-se para a narrativa que está em vias de
extinção atualmente verificam-se cada vez mais raras as pessoas
que se dedicam comunicar experiências através da oralidade. A
forma de se comunicar oralmente se altera através dos tempos,
gradativamente de acordo com a história da civilização e seus
modos de produção de sentido. Em seu ensaio Walter Benjamin
evidencia a historia da narração e seus grandes vultos,
dando-nos a conhecer duas tradicionais famílias de narradores
onde a oralidade é fundamental: a de marinheiros que representam
aqui o conceito do viajante e a do camponês que conceitua a
experiência do homem que embora não se ausente de sua terra, tem
muito a contar através das experiências vividas. No que se
refere à narração nos modelos referidos constata-se que está
em vias de extinção, pois através dos tempos as pessoas
abandonam gradativamente o habito da comunicação de transmitir
em narrativas, suas experiências e de dar e receber conselhos. Os
resultados indicam que nos dias atuais a falta de comunicação
pode conduzir o homem ao individualismo, à uma perda de sua
autonomia que se da através da comunicação oral. No entanto, a
narração é primordial para uma pessoa se expressar, e
conservar-se como um meio indispensável de se transmitir seus
valores e sua visão de mundo.
|
16h40
- 17:00
|
09
|
OS
SENTIDOS DICIONARIZADOS DO VERBETE
VELA
Daiane Rosa de Paula1
(UNEMAT), Elisangela
Miguel de Oliveira (UNEMAT)
|
A
proposta deste trabalho foi apresentado pela disciplina de
Semântica e tem porobjetivo analisar os significados do
verbete "vela" em diversos dicionários de língua.Neste
trabalho, a pesquisa será feita nos seguintes dicionários:
Dicionário
Brasileiro (1981), Dicionário Aurélio (1999), Dicionário
Houaiss (2001) e Dicionário Michaelis on-line(2003).
|
17:00
- 17h20
|
SALA
7
|
ORD.
|
NOMES
DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE
|
RESUMO
|
HORÁRIO
|
01
|
ANÁLISE
DO VERBETE "NOTA" EM DICIONÁRIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Gilza
Ferreira de Macedo (UNEMAT),
Joseléia
Graciano da Silva (UNEMAT)
|
Este
texto se baseia na proposta da disciplina de Semântica, que
estuda a significação das palavras, e tem por objetivo analisar,
em diferentes dicionários de Língua Portuguesa, o verbete
"nota", procurando trazer as questões sobre a significação
de acordo com a época, pois, segundo Orlandi (2002, apud,
MARSARO, 2007, p. 1), "O dicionário [...] se apresenta como
vestígio da nossa memória histórico-social". E para Nunes
(2002, apud, MARASO, idem), a significação dicionarizada das
palavras mostra que "o saber lingüístico é um produto
histórico, localizado em um tempo e em um espaço". A pesquisa
foi feita nos seguintes dicionários: Pequeno
Dicionário da Língua Portuguesa
(FERREIRA, 1968), Dicionário
da Língua Portuguesa Caldas
Arlete
(GARCIA e NASCENTES, 1873), Dicionário
Houaiss da Língua Portuguesa
(HOUAISS, 2001) e Dicionário
de Português On-line
(MICHAELIS, 2003).
|
14h
- 14h20
|
02
|
O
NARRADOR: CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBRA DE NIKOLAI LESCOV.
Silmara
de Fátima F. da Silva1 (UNEMAT)
|
Esta
comunicação acadêmica teve como estimulo o estudo do ensaio
sobre o narrador de Walter Benjamin. O texto reporta-se à
narrativa com fortes raízes na oralidade exaltando a narração
conceituando-a como arte, arte essa baseada em experiências
vividas, transmitidas via oral e até mesmo escrita. Este
trabalho, portanto, volta-se para a narrativa que está em vias de
extinção atualmente verificam-se cada vez mais raras as pessoas
que se dedicam comunicar experiências através da oralidade. A
forma de se comunicar oralmente se altera através dos tempos,
gradativamente de acordo com a história da civilização e seus
modos de produção de sentido. Em seu ensaio Walter Benjamin
evidencia a historia da narração e seus grandes vultos,
dando-nos a conhecer duas tradicionais famílias de narradores
onde a oralidade é fundamental: a de marinheiros que representam
aqui o conceito do viajante e a do camponês que conceitua a
experiência do homem que embora não se ausente de sua terra, tem
muito a contar através das experiências vividas. No que se
refere à narração nos modelos referidos constata-se que está
em vias de extinção, pois através dos tempos as pessoas
abandonam gradativamente o habito da comunicação de transmitir
em narrativas, suas experiências e de dar e receber conselhos. Os
resultados indicam que nos dias atuais a falta de comunicação
pode conduzir o homem ao individualismo, a uma perda de sua
autonomia que se da através da comunicação oral. No entanto, a
narração é primordial para uma pessoa se expressar, e
conservar-se como um meio indispensável de se transmitir seus
valores e sua visão de mundo.
|
14h20 - 14h40
|
03
|
LITERATURA-FERNANDO
PESSOA (1888-1935)
Cristhiane
Ortiz Lima1 (UNEMAT)
|
Esta
pesquisa tem como objetivo entender a obra e a vida de Fernando
Pessoa.,e sua (s) personalidade(s),que foram moldadas, pelos dois
ambientes onde viveu, Portugal e África do Sul. Mapear os traços
físicos da poética de Fernando Pessoa, de contar a história do
poeta e de sua heteronímia divulgando a tese que o livro Fernando
Pessoa(s)
de
Um Drama apresenta - a de que a criação heteronímica de
Fernando Pessoa tem dois autores. Um deles é Álvaro de Campos,
com seu "Ultimatum" aos dogmas da individualidade e da
personalidade. O outro é Fernando Pessoa-ortônimo com sua
poética da despersonalização e do fingimento,contrária à
sinceridade do egocentrismo posto em moda pelo Romantismo.
|
14h40
- 15h
|
04
|
OS
DISCURSOS SOBRE A ESCRITA NO LIVRO DIDÁTICO DE ENSINO MÉDIO
Verônica
Silva de Albuquerque (UNEMAT)
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Ao
tomar conhecimento do Projeto "Escrita e Subjetividade nos
Instrumentais de Ensino", vinculado ao Projeto "História das
Idéias Lingüísticas", coordenado pelo Profº. Dr. Eduardo
Guimarães IEL/UNICAMP, do qual faz parte a Profª. Dra. Ana Di
Renzo, propomo-nos, enquanto bolsista PROBIC, filiado a Análise
do Discurso de linha francesa, compreender a relação entre o
sujeito e a língua e sua submissão a história como condição
para significar a própria língua, pois para que ele (sujeito)
produza o seu dizer ele tem que se sujeitar a linguagem. Neste
nosso caso, a sujeição à história das políticas de língua
escrita legitimadas pela Escola e pelo Estado. Nosso objetivo é
compreender que concepção de texto os manuais de ensino de
Língua Portuguesa, utilizados no Ensino Médio, adotam e que
efeitos essa concepção produz sobre as práticas de língua
escrita. Desta forma, tocamos o modo como o livro didático
trabalha a língua, a leitura e a escrita e, principalmente, como
o sujeito é concebido nessa relação. Analisar as práticas de
língua é tocar as políticas de língua que sustentam o PCNEM.
Inicialmente, tomaremos como corpus livros Didáticos, textos
produzidos pelos alunos em sala (do ultimo ano do Ensino Médio) e
as propostas de escrita solicitadas nos Exames de Seleção dos
Vestibulares da UNEMAT. Inscrevemos nossa iniciação à pesquisa
na perspectiva teórica da Análise do Discurso de linha Francesa,
desenvolvida por Michel Pêcheux na França e por Eni Orlandi no
Brasil.
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15h
- 15h20
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05
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UM
OLHAR SOBRE O CURSO DE LETRAS-CAMPUS CÁCERES
Sueli
de Lourdes Silva (UNEMAT),
Suellen
Silva Arruda (UNEMAT),
Kátia
Oliveira Pinto (UNEMAT)
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O
curso de Letras é atualmente um dos principais cursos da UNEMAT.
A aula inicial do curso deu-se no dia 04 de setembro de 1978. O
curso foi inicialmente instalado nas dependências da Escola
Estadual "Esperidião Marques", mais tarde foi transferido
para o "Instituto Santa Maria", depois para a Escola Estadual
"Duque de Caxias", e finalmente, a partir de 1994 passou a
funcionar no atual prédio- sede da UNEMAT. Com o objetivo de
formar futuros professores /pesquisadores interessados nos estudos
de linguagem, de língua inglesa e de literaturas o curso busca
formar um profissional capaz de refletir teoricamente sobre a
linguagem fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua
formação cultural como processo contínuo, autônomo e
permanente. Neste documentário alguns acadêmicos falam sobre sua
relação com o curso de Letras e as suas expectativas quanto ao
futuro profissional. Temos ainda a colaboração de alguns
professores do Departamento de Letras.
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15h20
- 15h40
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I
N T E R V A L O - COFFEE-BREAK
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15h40
- 16h
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06
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VARIEDADES
LINGÜÍSTICAS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR.
Cristiane
Batista Flores (UNEMAT),
Larissa
Lopes Yung (UNEMAT),
Diego
Vanini. (UNEMAT)
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Sabe-se
que a variedade lingüística é um fato no português do Brasil.
Durante a vida escolar estudamos a Língua Portuguesa na sua
modalidade denominada "culta", que julgamos ser a única
correta. Por isso, muitas vezes nos deparamos com situações em
que os professores corrigem os alunos por usarem as variedades
lingüísticas características de sua região, cultura ou classe
social. O documentário "Variedades Lingüísticas na Educação
Escolar", foi elaborado com o objetivo de verificar como os
professores de Língua Portuguesa, de Escolas Públicas e
Particulares de Cáceres, interpretam as atitudes lingüísticas
presentes no âmbito escolar, as leis e regulamentações que
determinam o respeito às variedades lingüísticas dos alunos,
bem como o ensino da língua padrão com o respeito às variedades
existentes. De que forma os professores encaram as variedades,
suas opiniões e conceitos sobre a existência das variedades
lingüísticas em sala de aula. Para tanto, foram realizadas
entrevistas com professores e alunos, de Escolas Públicas e
Privadas, do Ensino Médio de Cáceres - MT, para identificar a
existência de tais variedades.
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16h
- 16h20
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07
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ENEM
(EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO): OS DISCURSOS DE ALUNOS E
PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS PE.
THIAGO E PE. JOSÉ DE ANCHIETA, NA CIDADE DE MIRASSOL D´OESTE.
Cristiane
Pereira dos Santos (UNEMAT),
Amilton
Flávio Coleta Leal (UNEMAT),
Aline
Salles Panhan (UNEMAT)
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O
presente documentário visa mostrar os discursos de professores da
rede estadual do Ensino Médio na cidade de Mirassol D'Oeste a
respeito do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), bem como,
apresentar eventuais perspectivas desses alunos e professores
acerca do grande crescimento e repercussão nacional do novo Enem.
É interessante ressaltar que, no que diz respeito a um bom
desempenho na prova é necessário que os alunos tenham domínio
das mais variadas áreas do conhecimento, bem como, boa
argumentação para o desenvolvimento da produção escrita. Dessa
forma, fomos analisar nos discursos sujeitos se eles estavam se
preparando para as provas; quais eram esses meios de preparação
e se o conhecimento adquirido em sala de aula era suficiente para
se obter um bom desempenho no exame. Ao analisarmos esses
discursos, percebemos que todos dizem estarem se preparando para
as provas, porém chama-nos a atenção outra questão que fica em
aberto e precisa ser analisado: o contraste que há no discurso
dos alunos da escola localizada na periferia em relação aos
alunos da escola localizada no centro da cidade. Essa visão
estereotipada decorrer-se- à numa insegurança no discurso desses
alunos. Essa disparidade é fato de extrema importância, pois
pode-se dizer que é um fator que reflete nitidamente na
decadência das notas obtidas pela escola através desses alunos.
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16h20
- 16h40
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08
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ESTATUTO
DA CIDADE E PLANO DIRETOR: AS POLÍTICAS PÚBLICAS ACERCA DOS
MORADORES DE RUA.
Luciane
Modesto Lima Teixeira (UNEMAT/FAPEMAT)
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O
Estatuto da cidade é uma lei que abre possibilidades para o
desenvolvimento de uma política urbana com a aplicação de
instrumentos voltados a promover a inclusão social e territorial
nas cidades brasileiras, considerando os aspectos urbanos, sociais
e políticos. Do mesmo modo, o Plano Diretor é também uma das
ferramentas utilizadas pelos municípios para a previsão de
políticas sociais, tratando-se, então, de um documento básico
da política de desenvolvimento e de expansão das cidades. Nessa
perspectiva, o Plano Diretor deve contar com a participação da
população e de associações representativas dos vários
segmentos da sociedade, não apenas durante a sua elaboração e
votação, mas, também, na sua fiscalização, de modo a que se
constitua na materialização de um espaço de debate dos cidadãos
conscientes da realidade de suas cidades. Com base nesses dois
documentos, é, pois, nosso propósito analisar de que modo os
moradores de rua são ou não contemplados pelas políticas
públicas de administração. Esse estudo tem como fundamento
teórico a Análise de Discurso de linha materialista, preconizada
por Michel Pêcheux, na França, e expandida e difundida por Eni
Orlandi e seguidores, no Brasil. A assunção dessa concepção
teórica implica em tomar as discursividades presentes nos dois
documentos como discursos que se constituem por uma ideologia e
uma história e, portanto, traduzem os modos de pensar ou não os
moradores de rua das cidades. A análise das discursividades do
Estatuto e do Plano Diretor da cidade de Cáceres-MT, com relação
aos moradores de rua, dará
visibilidade
à forma como o município prevê e coloca em prática suas
políticas sociais.
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16h40
- 17:00
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09
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A
ATITUDE REPONSIVA ATIVA NO PROGRAMA "PROFISSÃO REPÓRTER".
Vaney
Lucia Faria Leite1 (UNEMAT)
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O
presente resumo volta-se para a análise de linguagem televisiva
enquanto mecanismo de transmissão ideológica e manifestação de
poder, desta forma, a sua compreensão na atual sociedade,
revela-se não apenas como objeto de estudo, mas sim como uma
necessidade para a formação de sujeitos sociais. Neste contexto,
partimos do pressuposto que a linguagem, a palavra em si, vem
carregada de significações, expressando as diversas relações
historicamente construídas, é "arena" de conflitos,
persuasões, compreensões, etc. Com vistas a compreender a
linguagem na interlocução entre repórter e interlocutor num
programa televisivo, estaremos nos reportando a Bakhtin, o qual
afirma que "na realidade, não são palavras o que pronunciamos
ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más,
agradáveis ou desagradáveis, etc. " A palavra está sempre
carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico" (Bakhtin
1999, p.95). Dessa forma, pretendemos fazer uma análise que
evidencie o conceito de atitude responsiva ativa presente nas
interações televisivas. Este trabalho se dá a partir da
definição de um corpus para a produção de um artigo sobre
linguagem, Exigência da disciplina de Lingüística II,
ministrada pela Prof. Ms. Maribel Chagas de Ávila. Para a
realização da análise, utilizamos um programa veiculado na Rede
Globo de Televisão, "Profissão Repórter", capitaneado pelo
repórter investigativo Caco Barcelos e seus jovens repórteres,
recém saídos das universidades.
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17:00
- 17h20
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SALA
8
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ORD.
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NOMES
DA COMUNICAÇÃO/PROPONENTE
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RESUMO
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HORÁRIO
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01
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OS
EFEITOS DE SENTIDO DAS PROPAGANDAS DAS SANDÁLIAS HAVAIANAS
Juliana
Macedo da SILVA (UNEMAT)
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O
trabalho se constitui da análise dos efeitos de sentido das
propagandas das sandálias Havaianas, na perspectiva teórica da
Semântica da Enunciação e Semântica do Acontecimento, de
Guimarães, considerando que o sentido da linguagem deve
localizar-se no estudo da enunciação e no acontecimento de
linguagem. A disciplina Semântica Histórica da Enunciação
(2002) trata a significação ao mesmo tempo histórica,
linguística e relativa ao sujeito que enuncia, e a Semântica do
Acontecimento que "considera
que a análise do sentido da linguagem deve localizar-se no estudo
da enunciação, do acontecimento do dizer" (GUIMARÃES, 2005).
O
corpus deste trabalho se constitui da análise de quatro
propagandas das sandálias Havaianas, sendo duas televisivas, uma
de revistas de moda, uma do site das Sandálias Havaianas. Os
textos publicitários são analisados na perspectiva de cenas
enunciativas, compreendidas como acesso à palavra, através da
qual os sujeitos nela se constituem. Havaianas é uma marca
tradicional que ganhou a preferência do consumidor através de
qualidade, inovação e suas campanhas publicitárias que visam à
valorização do produto. Notamos nas propagandas das sandálias
Havaianas situações engraçadas como um diferencial, provocando
efeitos de descontração e humor e sempre fazendo referência ao
tradicional slogan Havaianas.
Todo mundo usa.
Os comerciais são sempre descontraídos, mas de forma a produzir
efeitos de sentido no interlocutor, através da materialidade da
linguagem, das imagens e do interdiscurso, para que se sinta
atraído para a necessidade de usar o produto, dessa forma,
analisamos as propagandas compreendendo que os efeitos de sentido
são constituídos pelo funcionamento da língua no acontecimento,
ou seja, o sentido não é só memória, e sim efeitos da memória
e do presente no acontecimento.
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14h
- 14h20
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02
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A
IMAGEM DA MULHER NO POEMA "POR QUÊ NÃO?" DA OBRA CORPO
DESNUDO - MARILZA RIBEIRO 1934
Wilton
Ortega de Souza
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Buscando
as articulações mais verticalizadas do tema de pesquisa do curso
de graduação em Letras, esta comunicação objetiva refletir
sobre a obra Corpo
Desnudo,
de Marilza Ribeiro (1934). Especificamente, procuro analisar a
figura da mulher no poema "Por que não?", observando a
evocação do feminino como "sensações do espírito",
conforme proposta de construção imagética de Alfredo Bosi
(p.19). Desta forma, a análise busca compreender os mecanismos de
construção pelo qual o "eu poético" se defronta com o mundo
nas mediações entre as vivencias pessoais e as experiências no
plano sócio-cultural. Apesar
de existir ainda um grande recolhimento na escrita feminina por
conta do preconceito advindo de um paternalismo descabido não tão
longe daqui como se pensa. A feminilidade está mais presente
atualmente na poesia, e vem com mais ousadia de poetas que
escreveram sem medo seus desejos.Diante
do exposto busco também compreender o "engajamento", ou o
compromisso que há em Ribeiro ao escrever o poema em questão, de
acordo com a teoria proposta por Jean Paul Sartre (p. 53). Em
outras palavras ao escrever a autora procura sensibilizar a
"generosidade entre o autor e o leitor; cada um confia no outro,
conta com o outro, exige do outro tanto quanto exige de si mesmo"
(Sartre p.46).
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14h20 - 14h40
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03
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O
VERBETE "AMANTE" NO UNIVERSO LEXICAL DA LÍNGUA PORTUGESA
Roseni Ilídio (UNEMAT)
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Este
trabalho foi realizado pelos graduandos do Curso Joab e Roseni ,
tendo como orientadora a Prof.ª Dra. Neuza Zattar, com o
propósito de apresentar por meio das atividades realizadas pela
disciplina de Semântica, a analise em diferentes dicionários de
Língua Portuguesa do Brasil, publicados em distintas épocas
(século XIX, XX e XXI), as significações do verbete "amante",
inserida como léxico da língua Portuguesa. Nesse sentido, vamos
analisar as possíveis significações do verbete "amante",
observando os sentidos que podem diferir ou ainda assemelhar-se de
um dicionário para o outro, para compreender os sentidos que lhe
foram atribuídos em diferentes épocas da sociedade brasileira.
Pela leitura realizada, podemos afirmar que essa palavra
apresenta, em suas significações, a relação tanto de pessoa
para pessoa quanto de pessoa para objeto. Esta análise foi feita
observando a luz dos seguintes dicionários: Diccionario da Lingua
Portugueza Recopilado (SILVA, 1813), Novo Diccionário da Língua
Portuguesa (FIGUEREDO, 1913), Novo Dicionário da Língua
Portuguesa (AURELIO, 1975) e Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa (HOUAISS, 2001).
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14h40
- 15h
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04
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AQUISIÇÃO
DA LÍNGUA DE SINAIS E DA LÍNGUA PORTUGUESA
Gésica
da Silva Ferraz (UNEMAT)
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Os alunos
surdos precisam ter contato com a língua de sinais, como sua
língua própria, lhe assegurando comunicação completa e
integral. Fazendo assim o desenvolvimento cognitivo e social que a
língua propõe. A língua de sinais facilita a aquisição e
aparato lingüístico para a aquisição da segunda língua, aqui
no Brasil, a Língua Portuguesa. Diante dessa realidade, cabe a
escola, enquanto instituição de ensino tem que criar um ambiente
lingüístico apropriado para o desenvolvimento possibilitando
assim o acesso curricular e cultural da sociedade em que vive. Só
teremos um quadro mais significativo de associação e assimilação
à Libras e a Língua Portuguesa para o surdo, quando todos
ambientes tiverem amparo humano e físico referente a aquisição
da língua de sinais, como exemplo: placas em libras, pais,
familiares em geral se comunicando em libras e não apenas por
mímicas entre outros. Diante disso sabemos que o caminho é de
certo ponto conflitante, pois temos que vencer o preconceito e
ainda despertar na sociedade a importância de todos que convivem
com surdos, terem que adquirir Libras para o bem comum.
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15h
- 15h20
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05
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RELAÇÃO
CRIME-LOUCURA: A PRESENTIFICAÇÃO DE SENTIDOS INSTALADOS PELA
TEORIA LOMBROSIANA NOS LAUDOS PERICIAIS DE INSANIDADE MENTAL
Cibele
Simoes dos Santos (UNEMAT/CAPES)
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Este
trabalho tem o objetivo de analisar laudos periciais de suspeição
de insanidade mental através de um olhar diferenciado daquele,
mormente, evidenciado pelo discurso jurídico. Trata-se, pois, de
compreendê-los pela perspectiva teórica da Análise de Discurso
de linha materialista, que possibilita tornar visíveis as
posições-sujeito, postas em jogo nos laudos periciais. Esse
método de análise toma, então, as formulações dos laudos como
inscrições discursivas, que materializam posições assumidas
pelo sujeito-perito, promovendo, sobre o discurso, uma rede de
efeitos de sentidos instalados a partir da posição discursiva na
qual cada posição, tomada em análise, se filia, ou seja,
trata-se da materialização de posições inscritas em uma
história e uma ideologia que lhes são constitutivas. Nessa
direção, o discurso
sobre o
sujeito periciando se funda em sentidos que produzem um constante
efeito de suspeição sobre os dizeres do periciando, fazendo
aflorar o liame entre o crime e a loucura. Assim, pretendemos
verificar em que medida a posição sujeito perito faz incidir,
nos discursos do laudo, a tipologia do 'criminoso nato',
descrita por Cesare Lombroso, fazendo conviver discursos hodiernos
da Psiquiatria e da Criminologia com os da teoria lombrosiana.
Para procedermos a essa análise, utilizaremos recortes retirados
de laudos de suspeição de insanidade mental, visando a
compreender em que medida o discurso do laudo faz reverberar e/ou
revivificar os sentidos instalados por Lombroso, ou seja, em que
medida a figura do 'criminoso nato' está presentificada nos
laudos, a partir da posição sujeito-perito que a inscreve.
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15h20
- 15h40
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I N T E R V A L O - COFFEE-BREAK
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15h40
- 16h
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06
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PERUA!?
Luana
Oliveira (UNEMAT)
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presente
trabalho é uma proposta da disciplina de Semântica, pelos
graduandos do Curso de Letras Luana e Neiva, orientado pela Prof.ª
Dra. Neuza Zattar, e tem por objetivo refletir sobre os vários
significados da palavra "perua" nos dicionários de língua
portuguesa do Brasil, em diferentes épocas. Considerando o
dicionário como um dos instrumentos de gramatização do
português do Brasil, Orlandi (2002) diz que o "o dicionário se
apresenta como vestígios da nossa memória histórico-social".
Neste trabalho buscamos compreender como ocorre o processo de
dicionarização do verbete perua, suas significações em
diferentes dicionários e enunciados produzidos em contextos
sociais que cercam e tornam-na um produto histórico. A pesquisa
foi feita nos seguintes dicionários: Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa (ANTÔNIO, 2001), Dicionário Escolar da Língua
Portuguesa (BUENO 1955),Novo Dicionário da Língua Portuguesa
(FERREIRA, 1975) Grande e Novíssimo Dicionário da Língua
Portuguesa (FREIRE, 1939 à 1940).
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16h
- 16h20
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07
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AS
MULTIFACES DO VERBETE "BICHA".
Crisley
Siqueira Dias (UNEMAT),
Juciele
Mendes da Silva (UNEMAT)
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Este
artigo se inclui na proposta da disciplina de Semântica, por
nossa orientadora Profª Dr.Neuza Zattar, que nos propôs em
desenvolver uma análise sobre os significados de um verbete da
Língua Portuguesa, e destacar uma sua possível evolução, como
o léxico brasileiro é muito vasto, optamos pelo verbete "bicha",
cujos sentidos vão além do que imaginávamos. Tomamos como
objeto de estudo o verbete "bicha" nos seguintes dicionários:
Novo Diccionário da Lingua Portuguesa (FIGUEREDO, 1949), Novo
Dicionário da Língua Portuguesa (FERREIRA, 1986),
Dicionário Houaissda Língua Portuguesa (HOUAISS,
2001), Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (PRIBERAM,
On-line, 2010). Mediante a esses dicionários efetuamos uma
análise individualmente, comparando o sentido da palavra de
acordo com o autor e a época de publicação, relacionando e
comparando os sentidos. A pesquisa em questão teve uma grande
importância para nós, o verbete "bicha", assim dito logo de
imediato, nos remete a um único significado, toda vez que um
indivíduo na posição de sujeito diz essa palavra, ou seja, um
sujeito efeminado (homossexual). Mediante nossos estudos, podemos
perceber que os significados, em dicionários de várias épocas,
há uma variação de significados, alguns um tanto desconhecidos
de nosso contexto. A variação do verbete se dá nas diferentes
regiões brasileiras enriquecendo o sentido da palavra. Foi
interessante saber os muitos sentidos dessa palavra para o léxico,
e percebemos o vasto sentido que ela pode nos remeter.
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16h20
- 16h40
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