AVALIAÇÃO EM LITERATURA
Jochen Schulte-Sasse
Resumo
Ao longo dos anos cinquenta, sessenta e no
início dos anos setenta, foi publicado centenas,
talvez até milhares (SCHÜLING, 1971; SCHULTESASSE, 1976) de artigos e livros sobre avaliação
literária na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos,
nos países germânicos, na União Soviética, na
Polônia e de certa maneira, na França. Quanto
ao ponto culminante dessa obsessão relativa às
questões de valor, a problemática foi enfrentada
em 1965 e 1969, quando alguns dos críticos
literários mais conhecidos no mundo chamado
"Ocidental", mas também na Alemanha Oriental,
na Polônia e na União Soviética, publicaram toda
uma série de artigos e livros sobre avaliação
literária. Menos nos Estados Unidos e Alemanha
Ocidental, contei sessenta e duas publicações de
maior importância sobre questões de valor estético
durante um período de cinco anos. Esse número
seria, bem entendido, consideravelmente
multiplicado se quisermos incluir publicações
relativas à crítica literária, que tocam igualmente
em questões de avaliação. Pois, de fato, toda crítica
literária pressupõe a compreensão disto que
constitui a essência da arte – da função da arte
na vida do homem. Toda premissa que concerne
à função da arte implica, entretanto e
necessariamente, uma hierarquia de valores
aceitos. A maior parte das críticas são, de fato,
conscientes das premissas axiológicas subjacentes
à prática da crítica. O crítico e poeta americano
Yvor Winters, por exemplo, declara em um artigo
influente no seu tempo e intitulado "Problems for
a Modern Critic of Literature" (1956) que
deveríamos ter "uma idéia clara da função da
literatura em geral, e isso para que possamos
aval iar as formas à luz desta causa final"
(WINTERS, 1957, p.24).
Palavras-chave:
Texto Completo:
<< Voltar