LÍNGUA E MEMÓRIA: EFEITOS DE SENTIDO NA MANUTENÇÃO DA CULTURA
Águeda Aparecida da Cruz Borges
Resumo
Este texto apresenta reflexões e análises sobre o funcionamento da
memória na língua e seus efeitos de sentido na/para a manutenção da cultura.
Entrelaçamos alguns ‘fios’ discursivos, por exemplo, sobre como os processos de
naturalização, oficialização, convenção, interdição da língua que são determinantes nos
processos de identificação do sujeito. No caso específico, o enfoque é dado ao sujeito
índio Xavante. O recorte de análise é composto por sequências de uma monografia e
conversa com o autor (índio Xavante); sequências de conversa com um cacique Xavante
e sequências de notícias sobre a inauguração da Escola Tatu (idealizada por professores
índios Xavante da Aldeia São Marcos). Vimos que os Xavante, resistem a uma história
de interdição da língua própria, sustentando-a pela memória e ainda que interpelados
pela língua do colonizador é no sentido de manter o jeito de ser, a história, a cultura
Xavante.
Palavras-chave: Língua; memória; índios Xavante; cultura.
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