A sobrevivência de Eros no ambiente do internato: uma leitura de Doidinho, de José Lins do Rego e de Os rios Profundos, de José Maria Arguedas
Leonice Rodrigues Pereira
Resumo
Na perspectiva das narrativas de Doidinho de José Lins do Rego e Os Rios Profundos de José Maria Arguedas, as atribuições vividas pelo aluno interno são, muitas vezes, traumatizantes. Os impulsos sexuais são intensificados considerados o momento de transformação pelo qual passa o adolescente, inserido no meio opressivo do internato. A convivência unicamente com indivíduos do mesmo sexo, adicionadas às proibições que impossibilitam o aluno a dar vazão às várias formas de prazer, próprias da adolescência, acaba por propiciar a existência acentuada de relações homossexuais entre os internos, que, pela rigidez de sua formação moral e religiosa, vivenciam o sexo como algo sujo. Em contrapartida, é através da relação sexual com a mulher que o adolescente consegue superar a barreira principal que o separa da vida adulta.
Palavras-chave: Interno, adolescente, proibições, sexo, homossexuais, moral.
Texto Completo:
<< Voltar