Revista ECOS

Edição Atual


Revista Ecos Vol. 11 Nº 02 (2011)


LUZ E SOMBRAS, DE FELICIANO GALDINO DE BARROS: O FENÔMENO LITERÁRIO E A DIALÉTICA DA REALIDADE

Bruna Marcelo Freitas, Dante Gatto


Resumo

Tomando como suporte o pensamento de Aristóteles no que se refere à Poética (mimeses e verossimilhança), a concepção de arte para o marxismo e a forma do romance de George Lukács, a posição do narrador, conforme identificada por Adorno, a argumentação da dinâmica da criação de personagens de Forster e, por fim, a idéia de discurso no romance de Mikhail Bakhtin refletimos o fenômeno literário constituído pela peça Luz e sombras, de Feliciano Galdino de Matos. Recuperar a unidade perdida, talvez tenha sido este o anseio do autor. No entanto, a partir da perspectiva que a forma romance assinala a cisão concreta e incontornável, concluímos que o caráter ideológico em Luz e sombras não penetra na dialogicidade interna do discurso romanesco. Falta-lhe inserção na dialética da realidade, recaindo num maniqueísmo primário. Identificamos, ainda, características comprometedoras do processo, no que se refere à construção das personagens que se reflete, principalmente, na verossimilhança do relato.


Palavras-chave: romance, dialogicidade interna, personagem, mimeses e verossimilhança, ideologia do autor.


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ISSN:
1806-0331
(impressa)

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2316-3933
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