AUTÓPSIA DA GUERRA COLONIAL EM ANGOLA
Lola Geraldes Xavier
Resumo
Este texto pretende interrogar a ficção de João de
Melo na sua relação com a História, nomeadamente com a
guerra colonial portuguesa em Angola. Para isso, teremos
em consideração o seu romance de 1984, Autópsia de um
mar de ruínas. Analisaremos esse romance numa perspectiva
semântico-gradativa a partir da significação alcançada na
narrativa pelo Mar, pela Autópsia e pela Ruína. Esses temas,
pela sua abrangência, permitem que Autópsia de um mar
de ruínas, apesar de conter referências marcadas espacial e
temporalmente, atinja a atemporalidade, pela descrição
ficcional da guerra e suas consequências. Esse é um romance
de denúncia da inutilidade dos conflitos armados, do seu
absurdo e da perda da racionalidade.
Palavras-chave: guerra; subalterno; indiferença; medo; intertextualidade.
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