ENTRE A VANGUARDA DA METALINGUAGEM E A METALINGUAGEM DA VANGUARDA: A IMAGÍSTICA PICTÓRICA NA POESIA VISUAL DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Rosângela Queiroz
Resumo
Resumo: Este artigo reflete sobre o consistente diálogo transtextual que a poesia
eminentemente metalinguística de João Cabral de Melo Neto trava, desde a sua
constituição, com a pintura, atribuindo a esta arte visual o status de influência mais
pontual sobre o construtivismo cabralino já em seus primórdios. Empenhado na
elaboração de uma dicção poética capaz da maior aproximação possível entre signo e
imagem, João Cabral comumente situava a representação na confluência entre
linguagens, adaptando recursos, técnicas e soluções estéticas. A constância com que
buscou traçar paralelos entre a pintura e a poesia sugere a importância que o poeta
pernambucano conferia à visualidade no poema, característica que marcou de forma
peculiar o seu trabalho de linguagem em todas as suas fases.
Palavras-chave: Construtivismo cabralino; metalinguagem; pintura; transtextualidade; poesia visual.
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