ANTONIO CARLOS NÓBREGA EM SEU LUNÁRIO PÉRPETUO: UM OLHAR INTERMIDIÁTICO
Luís Adriano Mendes Costa
Resumo
Resumo: No ano de 2002, quando estreou o espetáculo Lunário Perpétuo, o músico
pernambucano Antonio Carlos Nóbrega chegou à marca de trinta anos de convívio com a
cultura popular. O título do disco e de uma de suas canções é versão abreviada do livro que
circulou no Nordeste brasileiro até meados do século passado: Lunário e Prognóstico
Perpétuo para Todos os Reinos e Províncias, de autoria do valenciano Jerônimo Cortez,
cuja primeira edição remonta aos anos 1703. Tomando como base os estudos em torno da
teoria da intermidialidade, essas obras são aqui percebidas enquanto mídias que se
apresentam de forma articulada, numa relação a ser decifrada entre códigos abertos,
multiplicados através dos tempos. Nesse sentido, este artigo busca ampliar a reflexão em
torno da obra do artista Antonio Nóbrega, personagem importante na cena cultural
brasileira nos seus mais de quarenta anos dedicados ao convívio com a cultura popular,
além de possibilitar um mapeamento em torno da rearticulação da tradição e unidade
cultural do seu trabalho.
Palavras-chave: Antonio Carlos Nóbrega; Lunário Perpétuo; Intermidialidade; Rearticulação da tradição; Cultura popular
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