FAHRENHEIT 451: O ESVAZIAMENTO DA PALAVRA
Marinês Andrea Kunz
Daniel Conte
Resumo
Resumo: Este trabalho analisa a narrativa literária Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, e sua
versão fílmica, dirigida por François Truffaut, no que tange à transposição do literário ao
fílmico, primeiramente. Também analisa os textos quanto ao conteúdo e ao discurso, no
sentido de estudar os significados veiculados. Ambos os textos apresentam uma sociedade
em que a palavra não tem lugar, em especial a escrita, já que é proibida a leitura de livros
de literatura, os quais são confiscados e queimados. Reflete-se, assim, sobre o
silenciamento e sobre a palavra esvaziada de sentido, pois a ficção não mais exerce seu
papel redentor na vida do ser humano. Assim, cada texto questiona o esfacelamento das
relações humanas em tal sociedade, em que a alteridade fica comprometida, na medida em
que os indivíduos deixam de ver o outro e, portanto, a si mesmos.
Palavras-chave: Fahrenheit 451, Literatura, Cinema
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