Revista ECOS

Edição Atual


Revista Ecos Vol. 04 Nº 01 (2005)


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Sumário

Artigos Texto Completo
LITERATURA

OS "MAIS-VELHOS", A POLÍTICA E A INSTITUIÇÃO LITERÁRIA

Pires Laranjeira

Uso a palavra "mais-velhos" (uma palavra aglutinada com hífen) no sentido de os "menos novos" que viveram uma vida intelectual e política intensa e que, independentemente da idade com que morreram, acham-se hoje perpetuados entre os povos a que pertenciam, inclusive ultrapassando a condição nacional para projectarem as suas obras – escritos e legado político – para lá dos territórios de (...)

A LITERATURA EPISTOLAR A PARTIR DE HORÁCIO

Lucia Sá Rebello

Discute-se, neste trabalho, a relação de Horácio, poeta latino, com a literatura epistolar, procurando evidenciar a questão de ser carta literatura, uma vez que, ao mesmo tempo, media uma situação e também faz uma encenação por meio de um discurso que não é aquele do ensaio, do romance nem da poesia.

REVISTA ITINERÁRIO E A RECEPÇÃO DA ESTÉTICA PRESENCISTA E NEO-REALISTA EM MOÇAMBIQUE

José Camilo Manusse

Os primeiros sinais que apontam para a existência de uma literatura escrita em língua portuguesa em Moçambique remontam aos finais do século XIX. Campos de Oliveira é a figura representativa deste período. A avaliar pelo contexto histórico específico em que surge a actividade desta personalidade artística, acrescido a questões de ordem sistémica, a obra por ele desenvolvida na Ilha de (...)

A REPRESENTAÇÃO LITERÁRIA DO SERTÃO BRASILEIRO

Adriana Venturoso

A imagem caricaturizada do personagem Jeca Tatu de Monteiro Lobato passa a povoar o imaginário social brasileiro, tornando-se uma figura emblemática e, dessa forma, constrói-se uma possível idéia de identidade nacional, mais especificamente nas representações literárias utilizadas para pensar o homem nacional na primeira metade do século XX.

CHIQUINHO: O ANTI-HERÓI E A PERTINÊNCIA DE UM DISCURSO NARRATIVO ORGANIZADO EM FUNÇÃO DA HORA DI BAI

Lola Geraldes Xavier

Abordaremos, aqui, a relação entre literatura e ética em Chiquinho de Baltasar Lopes, destacando a construção da personalidade do (anti)herói e a sua relação com a ambiência envolvente: uma ambiência castrante e sufocante, por vezes, que empurra o protagonista para a hora di bai.

VIAJANTES LUSOS EM TERRAS TROPICAIS: UMA QUESTÃO DE FRONTEIRA

Olga Maria Castrillon Mendes

Este artigo propõe compreender a relação Brasil/Portugal nos conflitos coloniais da delimitação da fronteira oeste de Mato Grosso a partir da análise das Cartas e Instruções dos administradores coloniais, entrevendo nelas não só um acervo de informações, mas o processo de apropriação da escrita construída em movimento.

A IMAGEM ERÓTICA DO FEMININO EM EÇA E MACHADO: O VIÉS DO MATERIALISMO HISTÓRICO

Elair de Carvalho

A intenção deste ensaio é o de pensar a obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós, e Dom Casmurro, de Machado de Assis, no que tange aos sentidos que obtiveram nas construções do erotismo. Para tanto, retoma-se na perspectiva das personagens femininas Luíza e Capitulina a imagem erótica.

A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM MACABÉA EM "A HORA DA ES TRELA", DE CLARICE LISPECTOR

Agnaldo Rodrigues

No começo do século XX, mais especificamente com o início do Modernismo, a prosa de ficção adquire aspectos multiformes, cujo objetivo é representar o mais próximo possível a vida e tentar colocar em forma de arte os vários problemas do homem moderno. O gênero narrativo passa por profundas mudanças referentes às formas estéticas e aos conteúdos ideológicos, criando uma grande variedade de (...)

A REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA DO PAPEL DA MULHER: UMA LEITURA DE "CIRANDA DA PEDRA" E "ELA É APENAS MULHER"

Elizabet Batista

Em passado recente, acreditava-se na possibilidade de distinguir traços da autoria feminina em diferenças de ordem biológica. A linguagem masculina seria viril e a arte de expressão feminina seria frágil e delicada. Já nesta diferenciação, estava implícita a presença de um modelo de comportamento que considerava ideal para a mulher.

10°

A PERSPECTIVA DA MODALIZAÇÃO ÉPICA NOS ROMANCES (GRANDE SERTÃO: VEREDAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA, E NÓS, OS DO MAKULUSSO JOSÉ LUANDINO VIEIRA: UM ESTUDO DO ROMANCE)

Liliane Batista Barros

O presente trabalho contém algumas reflexões de uma pesquisa em andamento que propõe o estudo comparativo entre duas obras, Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, e Nós, os do makulusso José Luandino Vieira, na perspectiva da modalização épica.

11°

OS TEMPOS DA CRÍTICA

Haroldo Ceravolo Sereza, Nancy Lopes Yung

Antonio Candido, Affonso Romano de Sant`Anna, Roberto Schwarz e, talvez, Haroldo de Campos, na polêmica de O Cortiço. Polêmica em torno de métodos de análise de romances, sendo que Sant`Anna introduz o método estruturalista e Candido discute o problema da filiação dos textos literários e a fidelidade a contextos históricos e ideológicos.Para Schwarz, Candido é o criador de um método crítico (...)

LINGUÍSTICA
12°

OS ESTUDOS DA LINGUAGEM, A HISTÓRIA E O DOMÍNIO DA COMPLEMENTARIDADE

Eduardo Guimarães

Este texto reflete sobre o efeito da inclusão da historicidade (da história) nos estudos da linguagem atualmente. Esta discussão se faz a partir do que Henry considerou a problemática da complementaridade, segunda à qual, no Humano, tudo que não é da ordem do psicológico é da ordem do social e vice-versa. Como se vê, o que se procura discutir é como este modo de funcionamento do domínio das (...)

13°

EFEITOS DO NÃO-VERBAL SOBRE O VERBAL NA CONSTITUIÇÃO DE EFEITOS DE SENTIDOS DE PROPAGANDAS ANTITABAGISTAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Lauro José da Cunha

A Resolução N.º 104 de 31 de maio de 2001 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), obrigou as indústrias fabricantes de produtos fumígenos derivados do tabaco a exporem, na embalagem e na propaganda, advertências ao consumidor sobre os malefícios decorrentes do uso desses produtos. Nove advertências, abaixo transcritas, passaram a circular nos maços de cigarros, acompanhadas por (...)

14°

A LUSOFONIA E OS REFLUXOS COLONIAIS

Leonel Cosme

Quem, falante de língua portuguesa, tomar um táxi em Portugal, no Brasil, em Angola ou Moçambique, ou em qualquer outra antiga colónia de Portugal, não só não se sentirá como um qualquer "estrangeiro" viajando em terra estranha, como poderá verificar (por exemplo no Brasil) que o seu sotaque não basta para revelar o local da naturalidade; e se acontecer com um africano em Portugal, o taxista (...)

15°

A LÍNGUA E SUAS VARIAÇÕES: UMA BREVE REFLEXÃO

Elizete Dall´Comune Hunhoff

O presente trabalho investiga a variedade lingüística como fato real, que não escapa à observação tanto do lingüista quanto do leigo, pois são as diferenças que existem dentro de uma comunidade de fala. Com observações concretas retiradas do contexto social, observa-se que as variações são vistas como conseqüências da evolução e mudanças sócio-culturais e, que se não forem investigadas e (...)

EDUCAÇÃO
16°

ENSINO E PESQUISA NA UNIVERSIDADE: UNIVERSAIS, SINGULARES E IMPARCIAIS?

Milton Chicalé Correia

O objetivo deste trabalho é demonstrar a partir de situações vivenciadas e testemunhadas como, em geral, o ensino e a pesquisa na universidade são restritivos quanto à universalidade, singularidade e imparcialidade, no que tange às abordagens consideradas sob o âmbito do senso comum e teológico, por exemplo, com especificidade para o confronto entre o evolucionismo e o criacionismo, e suas (...)





ISSN:
1806-0331
(impressa)

ISSN:
2316-3933
(online)

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