IDENTIFICAÇÃO
O Projeto Guatô da UNEMAT coordenado pelos professores Celso Ferreira da Cruz Victoriano e Zelma Maria de Assunção Mendes, é um trabalho desenvolvido por professores, acadêmicos e funcionários da Instituição, envolvendo a comunidade. O nome do projeto é em homenagem a nação indígena Guatô do tronco Macro Jê, um dos primeiros habitantes pantaneiros e exímios canoeiros: pescadores, caçadores e coletores que domaram as águas do Pantanal, deixando nos também como herança a viola de cocho, a canoa, a zinga, a zagaia, batelão e a chicha de acuri.
O Projeto Guatô foi lançado oficialmente com sucesso em três datas históricas que o consagraram, registrando se com 90 componentes: no dia 31 de maio de 2002 no XIII Fórum Acadêmico de Letras FALE com o tema “Fale no Pantanal”, organizado pelo Instituto de Linguagem e pelo Departamento de Letras da UNEMAT; no dia 16 de junho de 2002 no I Fórum de Pesquisa e Extensão promovido pelo Campus Universitário de Tangará da Serra e, posteriormente, nos dias 14, 16 e 19 de setembro de 2002 no XXIII Festival Internacional de Pesca FIP realizado em Cáceres MT. A partir dessas datas, o Projeto tem se apresentado, quando possível, em todos os eventos organizados pela UNEMAT e em seus multi campi no decorrer dos anos até hoje.
O público alvo é formado pelos alunos da antiga ESCOLA DE APLICAÇÃO E VALORIZAÇÃO HUMANA “LÁZARA FALQUEIRO DE AQUINO”, os acadêmicos e os funcionários, os docentes da Escola de Aplicação e da UNEMAT e os jovens da comunidade escolar do município de Cáceres. Com intuito de demonstrar a importância da cultura local e a relação vital existente entre esta e o meio ambiente, o Projeto Guatô objetiva desde a sua fundação sensibilizar os sujeitos comprometidos com o processo de ensino aprendizagem para uma educação humanizadora, oportunizando e tornando possível o conhecimento crítico da pluralidade sócio cultural local através da utilização de diferentes linguagens: verbal, plástica e corporal, a partir da pesquisa.
Ainda é preciso ressaltar que o próprio nome do projeto é um alarde para a reflexão da questão indígena, visto que a nação Guatô é dada quase como extinta, sabendo-se, atualmente, que são menos de 500 índios (que se encontram dispersos pelas margens dos rios, ou em cidades vizinhas) e pouco dos remanescentes desta nação conhecem e falam no seu cotidiano a língua Guatô. Daí o papel do projeto no sentido de abrir espaço para apresentação e/ou representação de problemas vivenciados em nosso meio ambiente. Nessa perspectiva, são participantes das atividades desenvolvidas pelo projeto, pessoas das áreas de Educação, Matemática, Letras, Pedagogia, Geografia, História, Direito, Educação Física e Música.
O Projeto Teatro revitalizado a partir de 2004 sob a coordenação do Profº. José Márcio de Miranda Minervini, que também proporciona através da linguagem mais antiga criada pelo homem trabalhar toda dimensão artístico-cultural-educativa para uma sensibilização da participação ativa do homem no meio em que vive utilizando seus talentos.
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